A Natureza de Yeshua e do Espírito Santo
Introdução:
O cristianismo criou uma verdadeira teologia sobre a
natureza do Messias e da Ruach haKodesh - Espírito Santo, quanto na verdade o
próprio Messias Yeshua declarou por suas palavras quem eram eles, parece que há
uma tendência de as religiões tentarem "consertar" aquilo que Adonai
Eterno deixou esclarecido, ou moldar de acordo com sua crenças e dogmas.
Este artigo tem por objetivo esclarecer mediante as
Escrituras Hebraicas este assunto que para muitos parece polêmico, devido a
toda uma mística que criara em torno dele, em TODA as Escrituras Sagradas, está
declarado abertamente que Adonai Eterno é somente UM, isto está visível, de
forma clara, objetiva, inteligível e acessível a todos, bem diferente do dogma
da "trindade cristã" que, para seus defensores puderem defendê-la,
precisam fazer os maiores malabarismos bíblicos, retirando textos de seus
contextos, isolando aqui, costurando ali até formarem um suposto contexto que
indique por inferência que Adonai D'us Único é formado por 3 pessoas distintas.
No decorrer deste artigo veremos esta diferença de
atitude em relação as Escrituras, veremos como o Eterno se apresenta, se
declara e se faz entender bem claramente quem é sua pessoa e o Messias também.
O que vem a ser um Elohim:
Esta palavra Elohim aparece muito em toda a Escritura
do Tanach Hebraico vulgo antigo testamento, a teologia cristã traduziu esta
palavra erroneamente como "deus", mas veremos que esta tradução só
vem causar muita confusão, distorção e contradição na Bíblia, a palavra Elohim
não é um nome próprio ou particular de alguém, mas um Título de Autoridade,
Representatividade, Poder e Divindade, este título tanto pode ser usado pelo
próprio Eterno como para qualquer ser criado a quem o Eterno delegue este
título, isto é, um Elohim é um embaixador de D’us, um Procurador que fala, age
e executa em Nome do Eterno, um Elohim pode condenar, absolver, perdoar, ser
chamado pelo Nome do Eterno e receber reverências, isto parece estranho para os
povos ocidentais, porém, para os orientais isto é perfeitamente normal, muitas
vezes para algumas tribos semitas o seu rei era considerado um deus na terra.
Os Elohim e suas atuações:
A primeira vez que aparece a palavra Elohim na Bíblia
é em Bereshit-Gênesis 1:1, quando o Eterno se apresenta como Elohim para
manifestar todo o seu Poder Criador de todas as coisas, então vem a pergunta:
porque o Eterno não se apresentou em Gênesis 1:1 com o seu nome particular que é
YHWH e sim como Elohim?? simples, o Eterno se apresenta como YHWH quando Ele
quer afirmar sua natureza eterna e infinita, mas quando Ele está envolvido ou
envolvendo-se com sua criação ele se apresenta com o título de Elohim, ou seja,
aquele que se aproxima de sua criação, foi por esta razão que no texto de
Gênesis 1:1 o Eterno não se apresenta com o seu nome próprio YHWH.
Porém, o Eterno não pode se apresentar pessoalmente
perante suas criaturas senão Ele as mataria com o fulgor de sua
glória(Êxodo 33:20), e muito menos "encarnar" em alguma criatura por ser um D'us incorpóreo, por isso ele delegou substitutos para agirem em seu Nome,
em poder e autoridade, alguns com mais intensidade e outros com menos
intensidade, uma aparição muito relevante que demonstra toda a
representatividade de um Elohim podemos ver no episódio da sarça ardente,
observem:
"E
apareceu-lhe o Anjo do Eterno em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou,
e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e
verei esta grande visão, porque a sarça não se queima. E vendo o Eterno que se
virava para ver, o Elohim que estava no meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés.
Respondeu ele: Eis-me aqui" (Êxodo 3:2 a 4)
Aqui observamos que o ser
que se apresenta na sarça ardente é literalmente um Anjo do Eterno, um Anjo com
o título de Elohim, vamos continuar a leitura:
“E disse: Não te aproximes; tira
os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. Disse
mais: Eu sou o D'us de teu pai, o D'us de Abraão, o D'us de Isaque, e o D'us de
Jacó. E Moisés encurvou o seu rosto, porque temeu olhar para o Elohim” (Êxodo 3:5 e 6)
Características importantes a se observar:
1- A Torah declara que um Anjo
do Eterno se apresentou em uma sarça ardente. Este Anjo está sob o título
de Elohim.
2- O Anjo Elohim ordena a
Moisés que tire as sandálias dos pés como sinal de respeito e reverência pois,
um Elohim é o representante oficial de D’us, é o seu procurador divino que
falará pela boca do Eterno.
3- O Anjo Elohim se declara pela
boca do Eterno que é o D’us de Abraão, o D’us de Isaak e o D’us de Jacó,
portanto, um Elohim faz declarações das quais o Eterno já havia declarado
antes, para dar mais ênfase em sua representatividade, tais declarações deixa o
ouvinte extremamente comovido ao ponto de prostrar-se em reverência pois sabe que
ali está um ser que representa o Eterno D'us Altíssimo.
4- Portanto, quando se
reverencia um Elohim, na verdade estamos adorando o próprio Eterno nele
representado, é o que nós judeus chamamos de Princípio da Representatividade
Divina.
Observamos que, um ser que
não é o Eterno, pode se apresentar como se fosso o próprio D’us, receber
reverências, julgar, condenar, absolver e perdoar, tudo em nome do Eterno, pois
este ser está investido da divindade do Eterno e isto é perfeitamente possível
dentro do contexto divino e escriturístico, e o povo de Yisrael jamais achou
isto estranho, tanto que eles compreendiam muito bem este princípio da
representatividade divina, o problema da confusão começou a surgir no meio gentílico,
quando a Palavra de D’us foi divulgada entre os gentios e começaram a
interpretá-la sem a ótica judaica escriturística, mas de acordo com o
pensamento gnóstico abundante naquela época.
A situação piorou quando a
igreja romana assumiu o poder, ela estabelece um modo de interpretação bíblica
denominado de contexto greco-romano, por este contexto a palavra Elohim é
traduzida como “deus”, todos os Elohim que aparecem na Bíblia são considerados “deuses” inclusive o Messias, daí foi só um passo para o estabelecimento do
dogma da trindade cristã e do unicismo, ao divinizar todos os Elohim, roma causou uma
tremenda contradição na Bíblia, pois se a palavra Elohim quer dizer “deus”,
então temos muitos deuses na Bíblia, sendo que, o título de Elohim não é só
aplicado a Anjos mas a homens também, observem que Moisés também recebeu o
título de Elohim temporariamente:
“E ele falará por ti ao povo; e acontecerá que ele te será por boca, e tu
lhe serás um Elohim” (Êxodo
4:16)
“Então disse Adonai a Moisés: Eis que te tenho posto por Elohim sobre
Faraó, e Arão, teu irmão, será o teu profeta” (Êxodo 7:1)
Outros textos onde homens
eram considerados Elohim:
“Então seu senhor o levará perante os Elohim-juízes, e o fará chegar à
porta, ou ao umbral da porta, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma
sovela; e ele o servirá para sempre” (Êxodo 21:6)
“Em todo caso de transgressão, seja a respeito de boi, ou de jumento, ou
de ovelhas, ou de vestidos, ou de qualquer coisa perdida de que alguém disser
que é sua, a causa de ambas as partes será levada perante os Elohim-juízes;
aquele a quem os Elohim- juízes condenarem pagará o dobro ao seu próximo” (Êxodo 22:9)
Aqui está a controvércia de
se querer traduzir ou admitir a palavra Elohim como “deus”, estaremos transformando
todos os personagens que foram Elohim na Bíblia em deuses.
O Messias é um Elohim ou o próprio YHWH?
Yeshua foi muito criticado,
perseguido e muitas vezes ameaçado pela liderança judaica da época por se
considerar filho de D’us, mas será que os fariseus que contendiam com Yeshua
não sabiam o que era um Elohim?? É claro que sabiam, o que eles não admitiam
era que Yeshua fosse de fato o Messias Elohim prometido pelo Eterno, porém, no
mundo cristão ocorreu o contrário, por não compreenderem o que seja um Elohim,
os cristãos entendem que, se Yeshua é Filho de D’us, então logicamente é D’us
também, esta é a conclusão simplória e errônea que o cristianismo chegou por desconhecer os
aspectos do contexto hebraico contido nas Escrituras.
Observem o que o próprio
Yeshua declarou aos fariseus sobre o fato dele se considerar filho de D’us:
“Respondeu-lhes Yeshua: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes
de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais? Os judeus responderam,
dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia;
porque, sendo tu homem comum, te fazes Elohim a ti mesmo” (João 10:32 e 33)
Observem que os fariseu
sabiam muito bem o que era um Elohim, o que eles não admitiam era que Yeshua
fosse o Messias Elohim:
“Respondeu-lhes Yeshua: Não está escrito na vossa Palavra: 'Eu disse: Sois
Elohim? Pois, se a Palavra chamou Elohim àqueles a quem o Eterno deu autoridade em
sua Palavra (e a Escritura não pode falhar), áquele a quem o Pai santificou, e
enviou ao mundo, vós dizeis: Tu blasfemas, porque disse: Sou filho de D’us? (João 10:34 a 36)
Observem que neste texto
Yeshua se declara um Elohim e não um D’us, Yeshua cita o Salmo 82:6 para dar
respaldo em suas declarações ao se denominar a si mesmo de filho de D’us, vamos
ler este Salmo no texto hebraico:
אֲנִי- אָמַרְתִּי אֱלֹהִים אַתֶּם וּבְנֵי עֶלְיוֹן כֻּלְּכֶם: - Salmo 82:6
Any-amarty Elohym atem uveney Eleyon kulekhem - Salmo 82:6
“Eu disse: Sois Elohim, sois todos filhos do Altíssimo” (Salmos 82:6)
Observaram? Adonai Eterno
declara neste Salmo que todos os Elohim
são filhos de dEle, foi por este motivo que Yeshua citou este Salmo,
pois, estava sendo perseguido pelos fariseus por se denominar filho de D’us,
ele tinha todo direito pois, Yeshua era um Elohim e todos os Elohim são também
considerados pelo Eterno de filhos do Altíssimo, assim, Yeshua novamente cala a
boca dos fariseus com um texto bíblico no original, não tem saída, ou se aceita
o que está escrito na Palavra de D’us, pois, segundo Yeshua, as Escrituras NÃO
PODEM FALHAR, ou nega-se as Escrituras em favor de um falso dogma.
Conclusão lógica que tiramos
destes textos, se o cristianismo admite que, por Yeshua se considerar filho de
D’us ele também é D’us, então neste caso, podemos também admitir pelo Salmo
82:6 que todos os Elohim da Bíblia também são deuses, inclusive Moisés, esta é
a distorção que o cristianismo não consegue explicar com o dogma da trindade.
Textos mal interpretados sobre o Messias:
Não é apenas por se chamar
de filho de D’us que o cristianismo considera Yeshua um D’us também, Há vários
textos bíblicos mal interpretados que leva a uma falsa conclusão sobre a
natureza do Messias, um deles está em Isaías 9:6
“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o principado está
sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilha de Conselheiro, Elohim
forte, pai da eternidade, Príncipe da Paz”
Neste texto, os cristãos se
valem para defender a deidade de Yeshua unicamente destas duas palavras
hebraicas, El Guibor e Aviy Ad, a primeira palavra foi traduzida
como “deus forte” e a segunda como “pai da eternidade”, quanto à primeira
palavra é uma tradução ERRADA, pois El é simplesmente o prefixo de Elohim, e é
muito utilizado este prefixo na maioria dos nomes dos profetas bíblicos como Shemu’El(Samuel),
Dani’El(Daniel), Yechez’El(Ezequiel), Yo’El(Joel), etc..., portanto, El Guibor
significa Elohim Forte justamente o que Yeshua é um Elohim enviado pelo Eterno,
agora vocês percebem a necessidade desesperada dos cristãos em querer traduzir
a palavra Elohim como “deus”, causando uma tremenda contradição na Bíblia, ou
seja, estão considerando todos os profetas que levaram o prefixo "El" em seus
nomes como "deuses" como também todas as outras pessoas que tiveram o título de
Elohim também serão considerados "deuses".
A segunda palavra Avyi Ad
traduzida como pai da eternidade está correta, pois Aviy quer dizer pai, porém,
o fato de o Messias ser chamado de pai não confere a ele o grau ou status do próprio Eterno simplesmente porque tivemos muitos Patriarcas que foram chamados de “pai-aviy”
e nem por isso foram chamados de deuses, por exemplo: Abraão ficou conhecido
como o Pai Abraão(ver Lucas 16:24) como também Jacó(ver João4:12) e nem por isso os nossos irmãos do passado consideravam estes Patriarcas "deuses", o Messias é
considerado pai da eternidade simplesmente porque com sua morte, possibilitará
aos salvos viverem a eternidade.
Outro texto também defendido
com unhas e dentes para tentarem provar a deidade do Messias é Isaías 7:14
“Portanto, o próprio Adonai vos dará o sinal: eis que a donzela conceberá e
dará a luz a um filho e lhe chamará Inmanu’El” (Isaías 7:14)
O cristianismo traduziu
erroneamente a palavra Inmanu’El como “deus conosco” quanto que, ocorre
aqui a mesma situação do texto de Isaías 9:6, ou seja, a tradução correta de Inmanu’El
é Elohim conosco, vejam o prefixo “El” de Elohim no fim da palavra, nem a
palavra Adonai ou YHWH que se refere ao nome do Eterno não aparece neste texto, todo este erro de
tradução levou a uma falsa compreensão sobre a natureza do Messias.
Estes textos de Apocalipse 1:17
/ 22:13 é muito utilizado para se provar que o Messias também é um "deus" ou o próprio Eterno encarnado, e assim causarem grandes contradições na Bíblia, vamos aos textos:
“Quando o vi, caí aos seus pés como morto, porém, ele pôs sobre sua mão
direita dizendo: Não temas, eu sou o primeiro e o último” (1:17)
”Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim” (22:13)
Quando aprendemos que o Messias
é um Elohim enviado por D’us, então este texto fica muito compreensível e não
demostrará que haja um outro deus além do Eterno, pois um Elohim costumava
fazer as mesmas declarações das quais o Eterno já havia feito antes, por
exemplo: o Eterno já havia declarado várias vezes aos Patriarcas dizendo “Eu sou o Senhor teu D’us” (Gênesis 17:1);
“Eu sou o Senhor teu D’us, o D’us de
Abraão e o D’us de Isaque” (Gênesis 28:13), assim, quando o Anjo Elohim
apareceu a Moisés na sarça ardente, ele fez as mesmas declarações das quais o
Eterno já havia feito ao dizer: “Eu sou o
D’us de teu pai, o D’us de Abraão, o D’us de Isaque e o D’us de Jacó” (Êxodo
3:6), foi um Anjo quem repetiu estas palavras e não o Eterno, os Elohim fazem tais
declarações para dar mais ênfase a sua missão como representante divino, as
declarações de Yeshua se declarando o primeiro e o último já tinham sido feitas
pelo Eterno várias vezes em Isaías 44:6 e 48:12, assim, Yeshua confirma mais
uma vez sua missão como Elohim enviado pelo Eterno, pois para deixar bem claro sua
missão como representante divino, o elo de ligação entre o Eterno e os homens,
a ponte entre o Criador e a criatura, Yeshua faz as mesmas declarações das
quais o Eterno já havia feito antes ao povo de Yisrael.
A natureza de Ruach haKodesh-Espírito Santo:
Os bispos católicos no
concílio de Niceia ao estabelecerem o dogma da "santíssima trindade", elevaram o
Messias ao status de D’us e separaram o Eterno de seu Espírito criando uma
terceira pessoa, ou seja, para eles há um deus que é pai, um deus que é filho e
um deus que é espírito, porém, a Bíblia desmente claramente este dogma
mostrando que o Messias não é um deus além do Eterno e que o Eterno não tem um
espírito, ao contrário, Adonai é Espírito, observem:
“O Eterno é Espírito, e importa que seus adoradores o adorem em espírito
e verdade” (João 4:24)
"Então disse Pedro: Ananias, por que encheu haSatan o teu coração
para que mentisse ao Espírito Santo........não mentiste aos homens mas ao Eterno" (Atos 5:3 e 4)
“Ora, Adonai é o Espírito, e, onde está o espírito de Adonai, ali há
liberdade ” (II Coríntios 3:17)
Assim, como podemos observar
pela própria Escritura, o Espírito Santo ou Ruach haKodesh não é um "deus" além do Eterno,
simplesmente porque Ruach haKodesh é o próprio Eterno, vejam como Yeshua
demonstra isto claramente aos fariseus:
"Por isso, vos declaro, todo pecado e blasfêmia serão perdoado aos
filhos dos homens, mas a blasfêmia contra Ruach haKodesh não será perdoada. Se
alguém proferir alguma palavra contra o filho do homem, ser-lhe-á isto
perdoado, mas, se alguém fala contra a Ruach haKodesh, não lhe será isso
perdoado, nem neste mundo nem no Olan Habá" (Mateus 12:31-32)
"Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens,
os pecados e as blasfêmias que proferirem. Mas aquele que blasfemar contra a
Ruach haKodesh não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado
eterno" (Marcos 3:28 e 29)
Aqui está dois textos
CLAROS e PRECISOS, Yeshua está
declarando que todos os pecados cometidos pelos homens terá um perdão se os
mesmos se arrependerem, é claro, porém, o pecado cometido contra a Ruach do Eterno, este
não tem perdão, Yeshua nem cita o nome do Eterno ou do Pai, sabem porque?? a
resposta está na Torah Sagrada e no Tanach vejam:
"Aquele que BLASFEMAR o Nome do Eterno será morto, toda a Congregação o apedrejará, isso vale tanto para o gentio como para o natural, se
blasfemar contra Adonai, será réu de morte" (Levítico 24:16)
"Se alguém pecar contra seu próximo, os Elohim-Juízes os julgarão,
porém, pecando contra o Eterno quem intercederá por ele?" (I Samuel 2:25)
Entenderam?, quem blasfemar
contra o Eterno NÃO TEM PERDÃO e nem intercessor, pois só o Eterno é D’us e Ele é
Espírito, por isso que Yeshua não cita o nome do Eterno porque seria uma
redundância, já que o Eterno é o mesmo Espirito Santo, assim ele foi enfático
ao dizer que, quem blasfemasse contra o Espírito Santo que é o próprio Eterno
NÃO TEM PERDÃO e nem INTERCESSÃO, como Yeshua NÃO É D’US e nem o próprio YHWH encarnado como algumas seitas unicistas pregam, quem pecar contra Yeshua ainda haverá perdão, pois, ele mesmo intercederá por este elemento, da mesma
forma como intercedeu pelos seus algozes do alto da cruz ao dizer: "Pai perdoa-lhes, porque não sabem o
que fazem", se Yeshua fosse "deus" ou o próprio Eterno encarnado como os politeístas
insistem, ele também se incluiria dentro do pecado imperdoável, mas ele ficou
de fora pois NÃO É D’US.
Resumindo:
O Messias é um ser criado
inicialmente na mente de D’us, todas as coisas foram feitas por intermédio dele, Adonai
estabeleceu um momento em que este Messias deveria ser gerado para se tornar um
ente ou ser, esta revelação encontra-se em João1:1
εν αρχη ην ο λογος και ο λογος
ην προς τον θεον και θεος ην ο λογος – João 1:1
“en archê ên o logos kai o
logos ên pros ton theon kai theos ên o logos” – João 1:1
“No princípio era a palavra,
e a palavra estava com Elohim, e o palavra era Elohim” (João 1:1)
O termo grego Logos(em aramaico é Menra) quer
dizer palavra, se verificarmos no dicionário o que significa o termo “palavra”
muitos dicionários responderão que é um vocábulo que expressa uma ideia verbal,
ou seja, o Logos-palavra não é uma pessoa, mas sim uma ideia na mente de alguém
que se expressa de forma oral ou escrita, era exatamente isto que João quis
representar em sua declaração, no princípio o Messias era somente uma ideia
verbal na mente do Eterno, o Messias não era uma pessoa ou uma entidade atuante antes de seu nascimento, a Bíblia não da nenhuma margem para
tal argumentação e o Talmud Judaico também confirma o que João declarou, vejam
estas citações do Talmud Judaico sobre a preexistência do Messias:
Midrash Tanchuma: "Foi
exaltado acima de Abraham, exaltado acima de Moshê, e ainda mais exaltado do
que os Arcanjos" o mundo foi criado para o Moshiach (Talmud - Tratado
San'hedrín 98b; Midrásh Pessíkta Rabáti 34:6); O Messias existia antes da
criação do mundo e também estava presente na criação do mesmo (Midrásh Gênesis
Rabá 1:4)
Nedarim 39b: “... Sete
coisas foram criadas antes do mundo: A Torá, o arrependimento, o Jardim do
Éden, o Guehinom, o Trono de Glória, o Templo, e o nome do Messias.”
Pesikta Rabbati, Piska 33:
“Você encontrará que no comecinho da criação do universo, o Rei Messias já veio
a ser, porque ele já existia no pensamento do Eterno muito antes de o universo
ter sido criado. Da sua existência as Escrituras dizem, ‘e brotou um tronco de
Jessé’(Isaias 11:1), não diz ‘ e brotará’, implicando que o ‘rebento’ da raiz
de Jessé já veio a existir.”
E o apóstolo Shaul que
conhecia muito bem os escritos dos sábios judeus, pois era fariseu e tinha estudado bastante
estes livros também fez uma declaração semelhante:
“......o D’us que ressuscita os mortos e faz com que exista o que antes
não existia” (Romanos 4:17)
Pedro também confirma isto
ao declarar que o Messias não existia como pessoa antes de seu nascimento:
“Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no
fim dos tempos, por amor de vós” (I Pedro 1:20)
Pedro confirma também o
Talmud ao dizer que, embora o Messias já fosse conhecido como o prometido do
Eterno antes mesmo do mundo ser formado, pois estava apenas na mente de D’us,
porém ele só foi manifesto no momento em que nasceu depois que foi gerado pelo
Eterno.
Um outro personagem histórico, fora das Escrituras é Filon de Alexandria (em grego: Φίλων ο Αλεξανδρινός), um filósofo judeu do século I (entre 10 e.c. e 50 e.c.), contemporâneo dos apóstolos, surge como o primeiro pensador a tentar conciliar o conteúdo bíblico à tradição filosófica ocidental. Foi autor de numerosas obras filosóficas e históricas, onde expôs a sua visão platônica do judaísmo, neste sentido, ficou mais conhecido por sua doutrina do Logos divino(Palavra de D’us). Ao estudarmos as acepções desse Logos divino na obra de Fílon, abordando suas relações com a tradição filosófica, percebemos que o pensamento filoniano ainda se mostra original e marcado por contribuições alheias à cultura helênica, a saber, judaicas. No que diz respeito especificamente, segundo Filon o Logos é a atividade intelectiva do Eterno, isto é, a ação do Eterno no mundo, o instrumento da Criação do Eterno, a Palavra reveladora e o único meio a partir do qual a alma humana adquire o conhecimento verdadeiro. Filon, como todo judeu, acreditava apenas em Um Só D’us, incorpóreo e que não tem princípio, então D'us CRIOU o Logos/Menra, que é a Sua atividade intelectiva, e ao Logos(palavra) devemos a criação do mundo. O Logos é o que está entre o Eterno e os homens, é o intermediário da relação entre os dois. O Logos/Menra é o ser mais antigo, o primeiro a ser criado por D'us e é também a sua imagem. D'us transcende a tudo o que é conhecido pelo homem, ele vai além dos limites da experiência material. O homem tem por fim voltar a se unir ao Eterno que é perfeito e do qual nós não temos a capacidade de compreensão. Para se unir ao Eterno o homem tem que se libertar da sua ligação com o corpo. (Filon de Alexamdria, Sobre o Logos divino - 10 e.c. a 50 e.c.)
Vejam como um outro judeu que nem conheceu Yeshua e seus discípulos, falou tão perfeitamente sobre a natureza do Messias dentro do contexto hebraico, embora fosse um judeu helenizado. Portanto, o Messias possui uma divindade relativa e não absoluta, pois
esta pertence somente ao Eterno, Yeshua haMashiach é um ser divino por sua
íntima relação de obediência ao Eterno, pois ele é o reflexo visível do D’us invisível(ver Colossenses
1:15), porque o Messias possuía os Sete Espíritos do Eterno(ver Isaías 11:2) e por
ter feito uma tão excelente Obra de salvação em nome do Eterno, por isso Adonai
o exaltou e lhe deu um nome que está acima de todos os nomes (ver Filipenses 2:9),
assim, Yeshua não é um Elohim qualquer, ele é a concretização divina do projeto
Salvífico do Santíssimo D'us Único, preparado antes da fundação do mundo (ver Apocalipse 13:8)
Conclusão:
Tríades de divindades
prevaleciam na mitologia pagã. Embora muitos deuses fossem adorados em nações
politeístas, geralmente havia três divindades que eram consideradas mais
importantes. O hinduísmo acreditam em uma essência Brâhmane expressa em três
personalidades: Brahma, o Criador; Vishnu, o preservador, e Shiva, o
destruidor. O Zoroastrismo Persa cria em Ahura Mazda, a divindade boa, Angra
Manya, a divindade má, que eram expressões de Mitra, a primeira grande causa.
Confúcio, segundo é relatado, escreveu: “Tao (deus) é por natureza único; o
primeiro gerou o segundo; ambos em conjunto deram origem ao terceiro; estes
três, criaram todas as coisas.”
Osíris, Ísis e Horus
formavam uma trindade de divindades no Egito. Na Babilônia, havia Ea, o deus
dos resíduos aquosos, Enlil, o senhor das tempestades, e Anu, o senhor dos
céus. Na Grécia, as três divindades entre as muitas sobre o Monte Olimpo eram
Zeus, Posseidon e Hades. A tríade de
divindades que os romanos adoravam sobre o monte do Capitólio era constituída
de Júpiter, Juno e Minerva. As divindades mais importantes dos Germanos eram
Odin, Tór e Freyr. Platão personificou três eternos princípios: Bondade,
Intelecto e a Alma de tudo. A filosofia pagã de Platão que permeava o
pensamento greco-romano, foi o fator principal que possibilitou a entrada de
tais falsas doutrinas como a imortalidade da alma e a trindade na religião cristã.
Os trinitarianos não creem
na unidade do Eterno como ensinada na Bíblia. Eles rejeitam a verdade bíblica
de que existe apenas uma só pessoa que é o Eterno Único. Negam a simples unidade de D’us,
insistindo que a unidade dEle é composta. Advogam que existe uma única
substância, uma inteligência e um propósito na Divindade mas que três pessoas
eternamente co-existem daquela essência única e exercitam aquela única
inteligência e único propósito. Dizem eles que a unidade de D’us refere-se à sua substância, essência ou ser.
A mais predominante de
muitas falsas doutrinas referentes à unidade de D’us é o trinitarianismo, embora exista também outra heresia que é o unicismo abordado em outro artigo neste site. Este
erro se insinuou para dentro da igreja cristã pelo paganismo e manteve seu
lugar na teologia através do governo totalitário dos imperadores romanos e da
Igreja Católica Romana. Os reformadores Protestantes saíram da igreja papal mas
trouxeram consigo algumas doutrinas pagãs. Juntamente com falsas doutrinas como
imortalidade da alma, batismo infantil, aspersão, anti-nominismo, santificação
do domingo, missa transformada em santa ceia, entre outras, eles também
retiveram o falso ensino da trindade. A reforma foi boa até o ponto em que mais
uma vez chamou a atenção do homem para a Palavra de D’us, e na Restauração de algumas
poucas doutrinas Bíblicas rejeitadas ao seu próprio lugar na igreja. A reforma,
contudo, não foi longe o bastante. Muitos erros da Igreja Romana foram retidos.
Por isso uma RESTAURAÇÃO se faz necessária hoje, para livrar os cristãos de todos
os erros pagãos e retornarem às verdadeiras doutrinas da Bíblia.
Rosh: Marlon
Troccolli
Bem o que dizer quando a palavra diz que nos dias de abraham, quando vio o mashiach sorriu?
ResponderExcluirMuito simples, o nosso pai Avraham teve uma visão do futuro, ou seja, uma visão do Messias realizando a sua obra redentora, nada mais que isso.
ExcluirShalom!
ResponderExcluirSe Yeshua foi criado, porque o Tanakh em sefer Yesha-Yahu 9.6 o chama de "Pai Eterno" hb: "Av-ad" se no salmo de Moshê 90.2 diz que Adonai é eterno?
No Salmo 135.5,13 afirma o Nome de Adonai acima de tudo e dos "elohim-juizes), mas no entanto no salmo de David 138.2 afirma que Adonai "engrandeceu" a Palavra(Yeshua) acima de "todo" seu nome, como Yeshua é criado e ser Criador e ser tão elevado conforme Yochanam 1.1-3?
Shalom!
ResponderExcluirEm Sefer Yesha-Yahu 40.8,28 afirmam que O Eterno e sua Palavra(Yeshua) subsisti eternamente, como Yeshua foi criado?
Em Sefer Yesha-Yahu 44.6 diz que Adonai é o "primeiro e o último" e "fora de Dele" não há Deus, mas sobre Yeshua em Ap 1.8 assevera que Ele é "o princípio e fim" e em Yochanam 16.28 afirma que Yeshua "saiu do Pai" e que tinha a "mesma glória" do Eterno antes da Criação em Yochanam 17.5, como Yeshua foi Criado, se criou "tudo" Gn 1.1;Jo 1.1-3; Hb 1.3?
Em Sefer Yochanam 16.15 afirma Yeshua declarando: "Tudo quanto o Pai tem é meu.." e em Yochanam 5.19 diz: "porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente", como Yeshua foi criado?
Mas reforça no v.23 que "todos" honrem o Filho como honram o Pai, se a honra tem que ser na mesma proporção do Eterno, como Yeshua é menor? Ou quando ele foi menor? Jo 1.14?
Yeshua sendo Filho "APRENDEU" PELO sofrimento a OBEDIÊNCIA Hb 5.8 Como uma criatura tem que aprender a obedecer? Ou foi na sua encarnação que aprendeu? E não em sua preexistência!
Saúde!
Shalom!
ResponderExcluirEm Sefer Yesha-Yahu 40.8,28 afirmam que O Eterno e sua Palavra(Yeshua) subsisti eternamente, como Yeshua foi criado?
Em Sefer Yesha-Yahu 44.6 diz que Adonai é o "primeiro e o último" e "fora de Dele" não há Deus, mas sobre Yeshua em Ap 1.8 assevera que Ele é "o princípio e fim" e em Yochanam 16.28 afirma que Yeshua "saiu do Pai" e que tinha a "mesma glória" do Eterno antes da Criação em Yochanam 17.5, como Yeshua foi Criado, se criou "tudo" Gn 1.1;Jo 1.1-3; Hb 1.3?
Em Sefer Yochanam 16.15 afirma Yeshua declarando: "Tudo quanto o Pai tem é meu.." e em Yochanam 5.19 diz: "porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente", como Yeshua foi criado?
Mas reforça no v.23 que "todos" honrem o Filho como honram o Pai, se a honra tem que ser na mesma proporção do Eterno, como Yeshua é menor? Ou quando ele foi menor? Jo 1.14?
Yeshua sendo Filho "APRENDEU" PELO sofrimento a OBEDIÊNCIA Hb 5.8 Como uma criatura tem que aprender a obedecer? Ou foi na sua encarnação que aprendeu? E não em sua preexistência!
Saúde!
Maravilhoso, rosh Marlon Trocolli
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