domingo, 14 de julho de 2013
AS 70 SEMANAS DE DANIEL 9
A PROFECIA DA CHEGADA DO
MESSIAS
Introdução:
Este artigo tem por objetivo
PROVAR dentro dos textos hebraicos que o verdadeiro Messias de Yisrael já veio,
e a sua vinda foi profetizada muitos séculos antes em uma formidável profecia
dada a um verdadeiro Tzadik amado pelo Eterno, o profeta Daniel. Embora o
judaísmo comum não considere Daniel um profeta, por questões óbvias é claro, o
judaísmo antigo e Yeshua o classificavam como profeta(ver Mateus 24:15) e bem
como o historiador Flavio Josefus, portanto, não adianta taparem o sol com a
peneira.
O Profeta Daniel:
Quanto ao profeta Daniel,
seu ofício profético é inquestionável, pois seu livro compõe o Tanach. Ele
registra com exatidão em Daniel 2:31-45 a profecia do florescimento dos futuros
Impérios Medo-Persa, Grego e Romano, em um tempo que, se olhado exclusivamente
da ótica humana, seria absolutamente impossível que a hegemonia do grande
Império Babilônico fosse quebrada. Além disso, há o preciso e surpreendente
registro profético com respeito aos principais conflitos, guerras e
conspirações que se seguiriam entre o tempo da divisão do império grego (pós
morte de Alexandre, até a sua conquista pelo império romano e estão
relacionados com o povo de Yisrael, conforme Daniel, capítulo 8.
A tremenda acurácia nas
profecias deste livro, já cumpridas historicamente, tem levado aqueles que se
antepõem às Sagradas Escrituras questionarem a data e autoria do livro,
argumentando falsamente que o livro foi escrito muito tempo depois do profeta
Daniel, o que é uma acusação sem nenhuma prova nem evidência. É entendido que o
livro do profeta Daniel deve ter sido completado por volta de 530 A.E.C.
(B.C.E.). Antes de analisar em detalhe a profecia a respeito da vinda de
Mashiach, é importante olhar o contexto que cerca esta profecia, conforme
Daniel, capítulo 9.
Entendendo Daniel 9.1,2:
Verso 1 - No primeiro ano de
Daryavesh Ben Achashverosh (Dario filho de Assuero), da descendência dos maday
(medos), o qual foi feito rei sobre o reino dos casdim (caldeus)
Verso 2 - No primeiro ano do
seu reinado, eu, Daniel compreendi pelos Livros (que) o números de anos, que
viriam (em decorrência) da palavra de YHWH ao profeta Yirmeyahu (Jeremias), que
(Ele) faria durar para as desolações de Yerushalayim (Jerusalém) seriam de
setenta anos.
De acordo com Daniel 9:1, a
data da profecia de Daniel 9 ocorreu no primeiro ano de Dario, o que de acordo
com os registros históricos, significa por volta do ano 539 A.E.C. (B.C.E).
Sendo assim, este episódio ocorreu por volta de 66 ou 67 anos após o início do
exílio do povo Judeu na Babilônia.
Em Daniel 9:2 lê-se que
Daniel estava estudando os Livros, e que entre eles estavam o livro do profeta
Jeremias. Tanto em Jeremias 25:11-12, quanto em Jeremias 29:10, foi registrado,
profeticamente, que o tempo de exílio do povo Judeu na Babilônia seria de 70
anos.
Analisand/Yirmeyahu
(Jeremias) 25:11-12:
Verso 11 - E toda esta terra
será uma desolação e um horror. E estas nações servirão o rei de Babilônia por
setenta anos.
Verso 12 - E será que,
quando terminarem os setenta anos, Eu punirei o rei de Babilônia e aquela
nação, e a terra dos caldeus, por causa de sua iniquidade, diz Adonai, e
tornarei a terra dos caldeus em ruínas (que permanecerão) para sempre.
Analisando Yirmeyahu
(Jeremias) 29:10.:
Vero - 10 Pois assim diz
Adonai: quando de acordo com (as palavras) de minha boca se cumprirem os setenta
anos para a Babilônia, eu vos visitarei e confirmarei a minha boa palavra a
vosso respeito, para vos trazer de volta a este lugar.
Que outros Livros (do
Tanach) Daniel estava estudando, não podemos afirmar com certeza, mas a atitude
de Daniel registrada nos versículos seguintes deste capítulo 9, de confissão
por identificação dos pecados de Yisrael, conclui-se que existe alta
probabilidade de que ele estivesse estudando também alguns trechos do Tanach
que ensinavam que o arrependimento e a confissão dos pecados de Yisrael eram
pré-requisitos para o retorno do exílio. Entre tais trechos estão por exemplo,
Devarim (Deuteronômio) 30:1-3 e Vayikra (Levítico) 26:40-42 [ver também Alef
Melachim (1 Reis) 8:46-51]
Além disso, a expectativa do
profeta de que o Reino Messiânico seria estabelecido imediatamente em seus
dias, com o subseqüente envio do Malak Gavriel (anjo Gabriel) trazendo a
mensagem de D'us de que a vinda do Messias e o estabelecimento do Reino
Messiânico não seria nos seus dias, nos leva a concluirmos com grandes chances,
que Daniel também estava estudando o livro do profeta Isaías, pois este homem
de D'us profetizara muitos anos antes a respeito do levantamento de Koresh
(Ciro) como um mashiach de YHWH para decretar a libertação do povo Judeu de Babilônia,
conforme Isaías 44:28 e 45:1.:
Analisando Yeshayahu
(Isaías) 44:28 e 45:1-4:
Verso - 28 Que diz a Koresh
(Ciro): És Meu pastor, e farás toda a Minha vontade, a fim de que digas a
Yerushalayim: ela será edificada - e ao Templo: ele será estabelecido (em seus
alicerces).
Verso 1 - Assim diz Adonai a
seu mashiach, a Koresh, a quem tomei pela mão direita, para abater (e subjugar)
as nações a olhos vistos, para tirar (o manto de autoridade) de sobre os lombos
os reis. Abrirei diante dele portas e portais (de cidades) que não se fecharão.
Verso 4 - Por causa de meu
servo Yacov, e de Yisrael, meu escolhido, é que chamei-te pelo nome, e te pus
sobrenome, mesmo sem me conheceres.
Como a esperança messiânica
de Daniel é subentendida em Daniel 9, pode-se entender (sem de fato ser
conclusivo quanto a isto) que se entre os trechos lidos estivesse o da promessa
de libertação do povo por meio de Koresh (Ciro) de acordo com a profecia de
Isaías 44:18-45:6, então o fato de Koresh ser chamado por Adonai como sendo um
mashiach (em Isaías 44:1), estabelecido de entre os gentios, talvez tivesse
sido um dos motivos que contribuiu para o acendimento da esperança messiânica
no coração do profeta, esperança esta de que Aquele a respeito do qual todos os
outros mashiachim são somente representações, estivesse para chegar, a fim de
estabelecer a Era Messiânica, a saber, Melech haMashiach Ben David (o Rei
Messias, da descendência real de David).
Sabedor de quando iniciou-se
o cativeiro do povo Judeu para a Babilônia (por volta de 605 A.E.C) e de que o
tempo do exílio seria de 70 anos, temos então que o profeta concluiu a respeito
do tempo exato que restava para terminar o cativeiro (por volta de 3 anos). Com
a consciência de que nenhuma palavra profética se cumpre sem que antes seja
gerada pela oração intercessória, Daniel orou para o cumprimento desta
profecia. Do mesmo modo, ciente de que o pré-requisito para o retorno do
cativeiro era a confissão dos pecados da nação, Daniel confessou os pecados de
Yisrael(ver Daniel 9:3-15)
O Anjo Gabriel é enviado,
Daniel 9.20-23:
Verso 20 - Enquanto ainda
falava e orava e confessava o meu pecado e o pecado do meu povo Yisrael, e
prostava-me em súplicas diante de YHWH meu D'us, a favor do santo monte do meu
D'us,
Verso 21 - e enquanto falava
(ainda) em oração, então o homem Gavriel, a quem observara em visão no
princípio, veio voando rapidamente, e tocou-me por volta do sacrifício da
tarde.
Verso 22 - E querendo
instruir-me, falou comigo, dizendo: ó Daniel, agora vim para trazer-te
entendimento (a respeito dos tempos e épocas da redenção de Yisrael).
Verso 23 - No princípio das
tuas súplicas , a Palavra (de D'us) foi liberada, e então vim para fazer-te
saber, pois és mui amado. Considera pois o assunto e entende a visão:
Enquanto Daniel intercedia
fervorosamente pelo seu povo, foi interrompido (v.21). Ele aparentemente tinha
a intenção de orar mais (v.20) quando Gabriel chegou. A interrupção veio pelo
toque da mão do anjo Gabriel (v.21), à hora do sacrifício da tarde. Isto faz
referência ao sacrifício diário da tarde que era oferecido enquanto o Beit
haMikdash (o Templo deAdonai em Yerushalayim) permanecia, mostrando o profundo
desejo de Daniel pelo retorno do cativeiro e pela restauração do Templo pois
estava orando na hora do sacrifício.
Os versículos subsequentes
vão mostrar que os propósitos do envio de Gabriel por Adonai foram:
a- Corrigir o entendimento
de Daniel quanto ao tempo do estabelecimento do Reino Messiânico.
b- Apresentar a revelação de
D'us, quanto ao tempo da vinda do Messias.
O Decreto dos 70 Shavuim:
A profecia entregue por
Gabriel a Daniel, de acordo com Daniel 9:24, inicia dizendo:
"Setenta shavuim estão
decretados sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade...".
Neste versículo, aparece a
palavra hebraica shavuim, plural da palavra shavua. Esta palavra é utilizada no
Tanach como um período de "sete". De acordo com a Strong’s
Concordance, esta palavra pode se referir a um período de sete de qualquer
coisa, seja de dias, ou semanas, ou meses, ou anos, etc, sendo que será o
contexto em si que determinará o significado do período. Aqui, é evidente que
Daniel estava pensando em termos de ANOS - especificamente a respeito dos 70
anos do cativeiro. Como Daniel entendeu pelo Tanach que o cativeiro duraria 70
anos, passou a supor também que o Reino Messiânico seria estabelecido depois
destes 70 anos, ou seja, nos seus dias. Mas então veio o anjo Gabriel, para
dizer a Daniel que o Reino do Messias, não viria depois daqueles 70 anos de
cativeiro, mas sim depois de 70 Shavuim (70 Setes), ou seja, pelo contexto,
depois de 70 setes de anos, totalizando um total de 490 anos (70 vezes sete).
Este período de 490 anos
fora decretado sobre o povo de Daniel -- o povo Judeu, e sobre a santa cidade
de Yerushalayim. A palavra hebraica traduzida por "decretados" é
chatak, que de acordo com a Concordância de Strong, assume no tempo Niphal (o
qual é utilizado neste versículo, com respeito a este verbo) o significado de
"estar determinado".
Nos capítulos 2, 7 e 8, D'us
revelou a Daniel o tempo da história da humanidade em que as nações gentílicas
teriam um papel dominante sobre o povo Judeu (chamado de tempo dos gentios).
Este longo período, que começou com o Império Babilônico, irá terminar com o
estabelecimento do Reino do Messias. Então, foi dito ao profeta, que durante
todo o tempo dos gentios, haveria 490 anos que seriam contados para o
cumprimento da restauração final de Yisrael e para o estabelecimento do Reino
do Messias.
O ponto focal deste período
de 70 setes de anos seria "o teu povo... (e) a tua santa cidade". O
povo do profeta Daniel é o povo Judeu, e a sua santa cidade é a cidade de
Yerushalayim (Jerusalém). Embora tivesse passado a maior parte dos seus dias na
Babilônia, a mensagem de Adonai através do anjo era que a cidade de Daniel era
Yerushalayim. Isto mostra que na ótica do Eterno, a cidade do povo de Yisrael
sempre será Yerushalayim, esteja onde estiver.
O Propósito dos 70 Shavuim,
Daniel 9.24:
Verso 24 - Setenta shavuim
estão decretados sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para acabar a
transgressão, para dar fim aos pecados, para fazer expiação da iniquidade, para
trazer uma Era de Justiça.
Foi dito a Daniel por
Gabriel, que os 70 Shavuim (70 Setes) eram para levar a cabo seis propósitos:
*Primeiro propósito: acabar a
transgressão. A palavra hebraica traduzida por acabar é kala, e também
significa restringir firmemente e restringir completamente. A palavra hebraica
traduzida por transgressão é pesha, sendo uma palavra muito forte com respeito
ao pecado, e de maneira mais literal, significa rebelião. O texto hebraico tem
esta palavra com o artigo definido (ha), de modo que literalmente significa a
rebelião ou a transgressão. O ponto chave é que algum ato específico de
rebelião será completamente dominado e levado a um fim. Este ato de
transgressão será posto sobre controle completo, de modo que não mais
florescerá. A apostasia de "Yisrael" será firmemente restringida e
extinta.
*Segundo propósito: dar fim
aos pecados. A palavra hebraica traduzida por pecados é chatah. Esta palavra
significa errar o alvo. Ela se refere aos pecados da vida diária. A profecia
está dizendo que mesmo estes pecados serão levados a um fim. Isto com certeza
está de acordo com outras profecias que afirmam que no Reino Messiânico o
Chatah será removido de Yisrael (veja por exemplo, Ezequiel 36:24-31).
*Terceiro propósito: fazer
expiação da iniquidade. A palavra hebraica traduzida por fazer expiação é
kaphar, e aparece em vários trechos do Tanach no mesmo tempo verbal (Piel)
tendo o mesmo significado [exemplos: Vayikra (Levítico) 16:10,20,27,34]. Esta
palavra tem a mesma raiz da palavra kippur, conhecida por formar a palavra
referente ao encontro anual com o Eterno (moed) conhecido no Tanach como Yom
haKippurim [Dia das Expiações - Vayikra (Levítico) 23:27 e 25:9], quando o
Cohen haGadol entrava no Kodesh haKadashim (Santo dos Santos) para aspergir o
sangue da oferta pelo pecado sobre o Kapporeth, a favor de toda a nação de
Yisrael (ver Vayikra [Levítico] 16).
A palavra hebraica traduzida
por iniquidade é avon, e se refere ao pecado interior. Este termo é conhecido
por alguns como natureza pecaminosa e entre o povo Judeu, o termo é mais
comumente conhecido por yetzer hara (má inclinação). Deste modo, o terceiro
propósito dos 70 Shavuim, é, de alguma forma, seja feita a expiação pela
iniquidade.
*Quarto propósito: trazer
uma Era de Justiça. A palavra traduzida por Era é olam e embora também possa
significar algo para sempre, é melhor traduzida aqui por Era, na medida que
esta Era de Justiça a respeito da qual o trecho se refere é a própria Era
Messiânica (ou Reino do Messias), confirmado pelos profetas (ver por exemplo
Isaías 11:1-9, a respeito do futuro Reino do Messias, descrito no trecho como
um Reino firmado na Justiça). É exatamente esta Era Messiânica que Daniel
esperava ver estabelecida ao fim daqueles 70 anos de cativeiro, sendo-lhe
revelado, no entanto, que ela viria somente após a contagem de 490 anos de
entre os tempos dos gentios.
*Quinto propósito: selar a
visão e a profecia. A palavra hebraica traduzida por selar, a saber, a palavra
chatam, transmite a ideia, pelo contexto, de cumprir completamente ou fazer
cessar. Assim, a visão e a profecia serão completamente cumpridas. Chegará o
dia que todas as profecias da Palavra de D'us serão cumpridas e por isso, elas
cessarão.
*Sexto propósito: ungir o
Santo dos Santos. Certamente que isso é uma referência ao Beit haMikdash
(Templo) que será construído quando o Messias vir (ver Zacaias 6:12-13), e à
vinda da Shekinah (Presença) e da Kavod (Glória) do Eterno para este Templo.
O Início da Contagem dos 70
Shavuim, Daniel 9.25:
Verso 25 - "Sabe,
então, e entende: desde a liberação da ordem para restaurar e edificar
Yerushalayim até Mashiach, Príncipe, sete shavuim e sessenta e dois
shavuim..."
Foi dito claramente a Daniel
quando os 70 Setes deveriam começar a ser contados. Gabriel disse "Sabe,
então, e entende: desde a liberação da palavra para restaurar e edificar
Yerushalayim...". Os 70 setes se iniciariam com um decreto relativo à
reconstrução da cidade de Jerusalém. Dos registros históricos e bíblicos, temos
os seguintes decretos relacionados com a restauração do povo Judeu do cativeiro
babilônico:
O decreto de Ciro, entre 538
e 536 A.E.C. (B.C.E) relativo a reconstrução do Templo, conforme 2 Crônicas
36:22-23 e Esdras 1:1-4.
2- O decreto de Dario
Hispates, por volta de 521 A.E.C., conforme Esdras 6:6-12, que foi uma
reafirmação do decreto de Ciro, a fim de que a reedificação do Templo
continuasse.
3- O decreto de Artaxerxes
para Esdras, por volta de 458 A.E.C., conforme Esdras 7:11-26, para que a
adoração do Templo continuasse.
4- O decreto de Artaxerxes
para Neemias, por volta de 444 A.E.C, conforme Neemias 2:1-8, autorizando a
reedificação da cidade de Jerusalém.
Enquanto os três primeiros
decretos estão relacionados com a reedificação do Templo e a continuidade de
sua adoração, o quarto decreto é específico à restauração da cidade de
Jerusalém, donde concluímos que o decreto de restauração da cidade de Jerusalém
do cativeiro babilônico é o de Artaxerxes por volta de 444 A.E.C. conforme
Neemias 2:1-8. Deste modo, foi com a emissão deste decreto que foi iniciada a
contagem dos 70 Setes.
Os Primeiros 69 Shavuim (69
Setes), Daniel 9.25:
Verso 25 - "Sabe,
então, e entende: desde a liberação da ordem para restaurar e edificar
Yerushalayim até Mashiach, Princípe, sete shavuim e sessenta e dois shavuim. As
ruas e fossos serão reedificados, porém em tempos de aflição."
Os 70 Shavuim (70 Setes) são
divididos em três blocos - 7 Setes, 62 Setes e 1 Sete. Durante o primeiro
período de 7 Setes, ou seja, de 7 x 7 = 49 anos, Jerusalém seria reedificada,
porém em tempos angustiosos. O segundo bloco de tempo (62 Setes = 62 x 7 = 434
anos) seguiram imediatamente o primeiro bloco, totalizando então os dois
primeiros blocos 69 Setes = 69 x 7 = 483 anos.
Então a profecia nos diz que
o ponto de fim dos 69 Setes: "até Mashiach, Princípe". Assim, esta
profecia nos ensina claramente que 483 anos depois da emissão do decreto para
reedificação da cidade de Jerusalém, um Mashiach estaria aqui na terra.
Os Eventos entre o 69º Sete
e o 70º Sete, Daniel 9.26:
Verso 26 - "E depois
das sessenta e duas semanas será cortado o Mashiach e não estará. E a cidade e
o santuário serão destruídos por um povo de um príncipe que ainda virá, e o fim
da cidade será avassalador (como num dilúvio) e até o (tempo do) fim, guerras e
destruições estão determinadas."
Embora o primeiro e o
segundo bloco de Setes tenham sidos subsequentes, a Escritura ensina que o
terceiro bloco de Sete não seguiria imediatamente o segundo bloco. De acordo
com o verso 26, três coisas deveriam ocorrer depois do segundo bloco de setes e
antes do início do terceiro bloco.
A primeira coisa que a
Escritura ensina que ocorreria depois do fim do segundo bloco de Setes é que o
Mashiach seria cortado e já não estaria. A palavra hebraica traduzida por
cortado é karat. Esta palavra assume em outros trechos da Escritura o
significado de morrer e perecer (ver por exemplo Levítico 17:14). A Escritura é
clara ao ensinar que após o fim do segundo bloco de Setes, Mashiach seria
morto.
A segunda coisa que a
Escritura ensina que ocorreria depois é que "a cidade (de Yerushalayim) e
o santuário serão destruídos por um povo de um príncipe que ainda virá, e o fim
da cidade será avassalador (como num dilúvio)".
O Tanach está mostrando que
a cidade de Jerusalém, que seria reedificada a partir do decreto que iniciaria
a contagem dos 70 Setes, seria destruída, bem como o seu Templo. Assim, algum
tempo depois que o Messias fosse morto, a cidade de Jerusalém e o seu Templo
sofreriam outra destruição.
Nosso conhecimento de
história quanto a este período é historicamente e extremamente acurado e claro:
o povo responsável pela destruição da cidade e do Templo foram os ROMANOS, e
esta destruição ocorreu em 70 E.C. (C.E.). De acordo com este versículo, o
Mashiach deveria vir e morrer antes do ano 70 E.C.
A segunda coisa que a
Escritura ensina que ocorreria é que "até o (tempo do) fim guerras e
destruições estão determinadas". Isto mostra que depois da destruição de
Jerusalém em 70 E.C. no tempo que restasse entre o 69º Sete e o 70º Sete, a
terra de Yisrael seria caracterizada por um estado de ausência de shalom, por
meio de conflitos e desolações e guerras. Isto seria a preparação para o fim, o
70º Sete.
O 70º Sete, Daniel 9.27:
Verso 26 - "E ele
confirmará uma aliança (b´rit) com muitos por um sete (shavua), e na metade do
sete ele fará cessar o sacrifício e oferta, e como sobre asas, (virá) a
Abominação desoladora, até que no fim, a destruição venha sobre ele"
Este texto é muito mal
interpretado tanto pelo judaísmo comum como pelo cristianismo, no caso do
judaísmo comum o propósito é um só, esconder a vinda do Messias, no caso do
cristianismo ele pretende estender a profecia das setenta semanas até o futuro
alegando que este que fará um Aliança com muitos seja o anti-messias. O grande
problema desta interpretação é que muitos não conseguem ver o Messias na
identificação do sujeito "Ele" e erroneamente atribuem ao
anti-messias futuro. Mas tudo se esclarece se podemos ver dois príncipes em
luta e em frisante contraste observando o contexto, vejamos:
1) verso 26- será morto o
Ungido, (Príncipe no v. 25: morte ao 1º Príncipe) e já não estará ("não
estará" na destruição que segue logo abaixo)
2) e o povo de um príncipe
que há de vir ("estarão" para destruir) destruirá a cidade e o
santuário, e o seu fim será num dilúvio, (morte ao 2º príncipe: o destruidor é
destruído) e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas.
1) verso 27- "Ele fará
firme Aliança-B'rit com muitos, (o texto retorna ao 1º Príncipe) por uma
semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta;
2) "como sobre asas,
(virá) a Abominação desoladora, até que no fim, a destruição venha sobre
ele", (o texto retorna ao 2º príncipe)
É evidente o contraste dos
dois príncipes em luta. A ordem é esta:
1) Primeiramente, destaca-Se
o Messias, que morre.
2) Logo após, vem o
destruidor, que também morre.
1) "A seguir, Gabriel
retorna com o 1º Príncipe, Messias que constrói.
2) "Logo, vem o
assolador que é destruído.
As linhas 1) e 2) estão em
paralelo, mas em contraste. A mesma estrutura se vê nas linhas 1)" e
2)": estão em paralelo, mas em contraste. Entretanto, as linhas 1) e
1)" estão em harmonia, como também as linhas 2) e 2)". Esta é a
estrutura poética e profética do texto hebraico dos versos 26-27. A
identificação desta forma poética ajudará a identificar os personagens, e trará
a verdadeira interpretação dos termos.
A conclusão é clara: o maior
personagem é enfatizado como sendo o Messias e sua obra redentora. O anjo
Gabriel não estava tão preocupado com o inimigo, mas com o perigo de se
rejeitar o Messias, porque isso traria o destruidor da própria nação e do
templo. Essa seria a sorte do povo judeu, embora havia um escape para os
arrependidos.
A identificação também virá
com a resposta à palavra-chave destruição". Quem é o assolador, quem é que
destrói? É evidente que no verso 27, o assolador é apresentado como o segundo
personagem, após o Messias identificado como o "Ele" do início do
verso.
A profecia identifica o fato
de que o Messias (Ele) ao morrer, não só (1) cessa os sacrifícios para perdão
de pecados, como também (2) triunfa sobre o assolador e seus aliados,
mencionados na segunda parte do verso. O apóstolo Paulo disse: "[1] tendo
cancelado o escrito de dívida, ... que constava de ordenanças, ... removeu-o
inteiramente, encravando-o na estaca; e, [2] despojando os principados e as
potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na
estaca." (Colossenses. 2:14-15).
Assim, o Messias faria uma
Aliança com muitos judeus nazarenos, formando assim o Yisrael Remanescente que
iriam reconhece-lo(ver Isaías 10:22) e logo após esta Aliança com os
Remanescentes viria a destruição da Cidade e do Templo que estava determinada transbordante
de justiça como bem profetizou Isaías.
Conclusões:
Esta tremenda profecia do
livro de Daniel é muito clara em todos os seus aspectos. Primeiro, ela ensina
que Mashiach esteve sobre a Terra 483 anos depois do decreto para a
reconstrução de Jerusalém. Segundo, depois desta manifestação messiânica, ele
foi morto. Terceiro, sua morte ocorreu antes da destruição de Jerusalém e do
Templo em 70 C.E. Quarto, o tempo depois da destruição de Jerusalém a do
Templo, deve seguir com ausência de shalom permanente sobre Yisrael até o que o
tempo dos gentios se complete Jerusalém será pisada por eles(ver Lucas 21:24).
Quinto, o Messias faria uma Aliança-B'rit com muitos de seu povo perpetuando
assim a Fé Patriarcal por meio dos Remanescentes Nazarenos, que devem viver uma
vida Justa sendo Luz para as nações até o tempo da restauração de todas a
coisas(ver Atos 3:21) Para isto ocorrer, Mashiach, que foi morto, deve
novamente se manifestar.
Se as profecias do livro de
Daniel estão corretas, Mashiach veio e morreu. Se estas profecias estão
corretas, não há outra opção para quem seja Mashiach, a não ser Yeshua
haNotzerit. Se elas estão corretas, Yeshua está destinado a voltar e
estabelecer o Reino Messiânico, na qualidade de Melech haMashiach Ben David.
Obs.: A contagem dos
483 anos deve ser feita pelo Kaluach hebraico (que é lunar) e não pelo
calendário romano (o qual é solar). Estes 483 anos lunares correspondem a
aproximadamente 474 anos solar
Rosh: Marlon Troccolli
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QUANTOS ERROS!!
ResponderExcluirQUE ABSURDO.
Consulte meu site e corrija-se.
Obrigado.
VOCÊ NÃO ENTENDEU??
ExcluirTUDO BEM, NEM TODO MUNDO É PERFEITO.
FAZ O SEGUINTE, SAIA DE ROMA E ESTUDE MAIS AS ESCRITURAS HEBRAICAS, TALVEZ VOCÊ CONSIGA CHEGAR AO NOSSO NÍVEL INTERPRETATIVO. OK??
os judeus não reconhecem o Machiach assim como os irmãos de José não lhe reconheceram ,pois o cristianismo mascarou o messias ,e a um certo centimento de remorso há no coração dos judeus mas vai chegar o dia que lamentaram sobre ele . shalom
ResponderExcluirSó ficou uma dúvida: E o terceiro templo?
ResponderExcluirSe os judeus não reconhecem o Machiach "porque o cristianismo mascarou o Messias"....
ResponderExcluirPor que será que Israel no tempo dos apóstolos também no O reconheceram?
Será que os apóstolos também O mascararam ????
Selá
Nesse caso o proprio Deus endureceu o coração dos judeus não os apostolos leia romanos 11-8
ExcluirNesse caso o proprio Deus endureceu o coração dos judeus não os apostolos leia romanos 11-8
ExcluirNa verdade, a 70ª semana da profecia de Daniel 9 tem tudo a ver c/ a manifestação do anticristo!
ResponderExcluirPrincipalmente DEVIDO aos judeus até o dia que se chama hoje, ou melhor, por dois mil anos que se passaram, e a nação israelita não admite nem aceita o Messias verdadeiro.
Sendo assim, que jamais Deus lhes imponha a fé, por isso mesmo, devido a obstinação dos judeus, vem o anticristo...
E é justamente ele que conseguirá aquilo que os judeus, ou seja, a nação a tanto tempo almeja: o Templo c/ todos os rituais conforme a lei.
E o anticristo fará um pacto; e o templo deverá ser reerguido; porém, na metade da semana profética, ele fará CESSAR o sacrifício e a oferta de manjares, e sobre a asa das abominações virá o ASSOLADOR, e isso até a consumação, e o que está determinado será derramando sobre o assolador.
E é por isso que Jesus alertava ao judeus, quanto a seu proceder, dizendo:
"Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis." (Jo. 5:43)
Ou seja, Deus não os obriga a aceitar o Messias, o Filho de Deus.
Mas há alguém que ainda virá que não age assim; ele, quando vier, fará que o mundo todo o aceite; e não só isso, ele virá com aparência, com poder, com oratória, e com muita perspicácia para se possível enganar até os escolhidos...
Vc está redondamente ENGANADO SJefté, a profecia das 70 semanas diz respeito SOMENTE ao povo judeu e ao contexto hebraico, nada de "anti cristo" nenhum.
ExcluirE quanto a frase de Yeshua em João 5:43, ele se referia a revolta de Simão bar Kokhba, declarado "o Messias" pelo rabino Akiva, os judeus foram enganados por este falso messias e Yisrael foi dizimado na guerra contra os romanos.
Portanto, NADA a ver com o tal "anti cristo".
de tantas coisas que observei, kkkkkk o que incomoda é o plural de SHAVUAH É SHAVUIM. eu simplismente aprendi com varios rabinos e professores que o plural desta palavra é SHAVUOT,SHAVUOT.
ResponderExcluirCHAVER O PLURAL É CHAVERIM, mas o plural destas palavras a concordançia nao é igual.shalom.
Maran'Ata!!!...
ResponderExcluirSe as primeiras 7 semanas são 49 anosa literários e as 62 semanas são 434 anos literários e porque a última semana não são 7 anos literários? Porque Jesus não fez uma aliança conosco de 7 anos. A aliança de Jesus é Eterna conosco. A última semana deve ser de 7 anos literários, se não, não completa as 70 semanas de anos. É aí que muito se perde.
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