sábado, 21 de dezembro de 2013
UNICISMO OU MODALISMO - UM DEUS MULTI-FACIAL
UNICISMO OU MODALISMO - UM
DEUS MULTI-FACIAL
Introdução:
O Unicismo ou modalismo
advoga que existe um Deus, o qual se manifesta em três essências ou modos(pai,
filho e espírito santo), só de ouvir esta história de três(03) alguma coisa,
nos vem logo a mente uma outra doutrina semelhante(trindade), dai que vem o
nome modalista, referindo-se aos modos pelos quais a divindade tem se
manifestado.
Na visão desta facção
religiosa, O Eterno, O Messias e A Ruach haKodesh/Espírito Santo são
manifestações de uma única e singular pessoa, D’us, de modo que não creem que o Pai e o Filho
Yeshua sejam seres distintos, este artigo abordará esse engano sutil e
mentiroso mostrando que tanto o unicismo como o trinitarianismo tiveram a mesma
origem, isto é, na religião cristã greco-romana.
Objetivos:
* Mostrar aos que estão sendo
enganados por esta doutrina pagã greco-romana o verdadeiro caminho do
monoteísmo hebraico-judaico bíblico.
* Desmistificar a falsa ideia
das supostas três essências.
* Dar suporte bíblico aos que
estão sendo assediados por unicistas de plantão.
* Conduzir almas sinceras à
verdadeira Fé Patriarcal unitariana.
* Abordar o assunto dentro do
contexto hebraico das Escrituras, utilizando sempre q/ possível a Lashon
haKadosh, língua do povo do Eterno.
* Identificar as diversas igrejas e denominações cristãs que
seguem o dogma unicista na atualidade.
O Unicismo não é um ensino
bíblico:
A doutrina que prega que o
Eterno é formado de 3 pessoas, é a doutrina da Trindade, para ver as provas
bíblicas contra essa outra doutrina romana, veja o artigo TRINDADE OU D’US
ÚNICO em nosso blog.
O Dogma unicista prega que
Yeshua é tanto o D’us filho, como o D’us Pai e o D’us Espirito Santo, este
ensino é um pouco diferente do dogma da trindade que prega que Adonai é formado
de 3 pessoas distintas, e também difere da crença hebraico-judaica bíblica sobre o Unitarismo do Shemá do Eterno (ver Deuteronômio 6:4).
Pois para nós Nazarenos
históricos, o Eterno é um ser INDIVISÍVEL, UM SÓ, ÚNICO, ÍMPAR, SINGULAR
e INCOMPARÁVEL, mas que criou um
ser que se tornou seu filho primogênito
distinto dele como pessoa, que lhe é submisso e que cremos que Ruach
haKodesh/Espirito Santo seja a emanação da parte de D’us para realização de
seus propósitos, sendo assim o próprio Eterno na manifestação de si mesmo.
Histórico da heresia
unicista:
A origem do unicismo se
prende aos primeiros séculos da Era Cristã. Os mais antigos relatos que se têm
notícia são de Praxeas ensinando na Ásia Menor, enquanto Noeto aparece pregando
em Roma. Noeto foi quem primeiro formulou uma teologia essencialmente unicista.
Ele foi bispo católico de Esmirna, quando por volta de 180 E.c. começou a
ensinar o que mais tarde seria conhecido como Monarquianismo. Saiu da igreja de
Esmirna por causa de sua insubmissão ao arcebispo, Noeto se refugiou em Roma,
onde mais tarde conheceria Epigonus, primeiro discípulo e propagador de sua
ideias.
Outro destacado líder do
unicismo por essa época foi Praxeas. Oriundo da Ásia Menor, Praxeas era
conhecido por seu gênero inquieto, arrogante e perspicaz. Ele chegou a Roma de
maneira sutil, passando despercebido até mesmo pelo experiente Hipólito.
Formado aos pés de Noetos, Praxeas desenvolveu boa parte de seu ministério em
Cartago, onde encontrou forte oposição por parte de Tertuliano. Praxeas negava
a pre-existência de Yeshua, usando o termo “Filho” aplicado apenas à encarnação.
Segundo este bispo, o Filho seria carne; o Pai Espírito (D'us). Era assim que
Praxeas entendia as duas naturezas do Messias, sendo hoje um dos principais
artifícios do unicismo moderno. Essa doutrina foi combatida por Tertuliano em
Contra Praxeas, quando pela primeira vez o apologista Tertuliano usa o termo
trínitas (trindade) para a divindade.
O unicismo, enquanto
tentativa de explicar a natureza do Eterno, ganhou corpo a partir do terceiro
século. Movido pelo racha do Monarquianismo em Dinâmico e Modalista, ainda no fim
do segundo século, Sabélio, um bispo católico de uma igreja do norte da África ,
saiu em defesa do Modalismo. Sabélio estabeleceu novas diretrizes ao unicismo,
do que lhe valeu o título de “maior defensor do Modalismo (unicismo) da
História”. Muitas das definições que conhecemos hoje, como “modos do Pai”,
“modos do Filho” e “modos do Espírito Santo”, tiveram origem no bispo Sabélio.
Apesar da oposição imposta por parte de
alguns lideres da igreja na época, entre eles Tertuliano e Orígenes, Sabélio
“progrediu”, encontrando na massa dos fieis seus principais seguidores.
Sabélio teria sido
influenciado por Noeto, um presbítero católico da igreja da Ásia Menor, nascido
em Esmirna que viveu no segundo século E.c., o qual, segundo a citação feita
por Hipólito, teólogo romano do terceiro século, que em sua obra Contra Noetum,
menciona que Noeto teria afirmado:
"Digo que Cristo era o
mesmo Pai, e que o Pai era o que havia nascido, padecido e sofrido"
Certamente esta era mais uma
das provas de que o conhecimento teológico, ou verdadeiro conhecimento sobre D’us
estava sofrendo um desvio e deturpações.
A falácia unicista foi
profetizada pelo apóstolo Pedro:
Kefa/Pedro apóstolo do
Messias, usado pela Ruach do Eterno, profetizou que iriam surgir falsos ensinos
que chegariam ao ponto de se negar a
obra do Messias como o enviado do Eterno, anulando assim todo trabalho
intercessório de Yeshua, transformando toda a obra do Messias de Yisrael num
grande Teatro greco-romano:
"No passado apareceram
falsos profetas no meio do povo, e assim também vão aparecer falsos mestres
entre vocês. Eles trarão heresias perniciosas e rejeitarão o Mestre que os
resgatou. E isso fará com que caia sobre eles uma rápida destruição" (II
Pedo 2:1)
Rejeitar a criação e
filiação de Yeshua, não aceitando que um
ser distinto do Pai se entregou para ser sacrificado e se tornar resgatador e
comprador de um povo para D’us, é repudiar nosso Mestre e Senhor transformando
toda a obra do Messias num TEATRO GRECO-ROMANO, pois, se o Messias sempre foi o
Eterno encarnado, então tudo que ele sofreu, seu escárnio, suas dores e seu
martírio foi uma grande ENCENAÇÃO para nos enganar. Isso sim é um desvio claro
da verdade sobre a vinda do Messias descrita no Tanach hebraico.
Variação da crença unicista
ressurge mais tarde e com mais força:
Na era moderna, esta
doutrina maléfica romana ressurgiu e gerou divergências dentro de algumas denominações protestantes,
como da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, cujos dissidentes passaram a reunir-se e organizar
uma forma de adoração centralizada nos conceitos unicistas de John S. Sheppe,
como também outra variação da crença unicista foi pregada por um falso profeta norte-americano chamado William Marrion
Branham(1909) pastor da Igreja Batista
que mais tarde fundaria a Igreja Pentecostal Tabernáculo da Fé após ter tido
diversas “visões”, a mesma crença unicista também impregnou uma parte do dito
judaísmo messiânico também oriundos da denominação protestante “judeus para
Jesus” transformando-se depois em várias denominações menores, todas se auto
classificando de “netzarim” ou "nazarenos" e reivindicando para si
“autenticidade”.
Principais ramificações e
facções unicistas no Brasil:
Hoje existem várias
denominações e facções cristãs do unicismo no mundo, no Brasil, seis principais
grupos se destacam, a saber:
1- Igreja de Deus no Brasil.
2- Igreja Local de Witnees Lee.
3- Igreja Pentecostal Tabernáculo
da Fé.
4- Igreja de Deus do Sétimo
Dia.
5- Ministério A Voz da Verdade.
6- Os Adeptos do Nome Yaohushua
e suas Variantes Judaizantes de falsos nazarenos.
Observem que esta heresia
perniciosa se originou e manifestou-se exclusivamente dentro da Grande Babilônia
e suas Filhas, tanto o trinitarianismo como o unicismo são faces de uma mesma
moeda romana, apenas com conceitos diferentes, enquanto que um prega um só deus
dividido em três(03) pessoas distintas o outro prega um só deus dividido em
três(03) essências ou modos. Observem e comparem estas duas declarações de fé,
uma católica e outra unicista:
«Nós acreditamos com firmeza
e afirmamos simplesmente que há um só Deus verdadeiro, imenso e imutável,
incompreensível, todo-poderoso e inefável representado no PAI, FILHO e ESPÍRITO
SANTO: Três Pessoas, mas uma só essência, uma só substância ou natureza
absolutamente simples» (Catecismo da Igreja Católica Apóstólica Romana,
Profissão de Fé, Capítulo primeiro, Artigo 01/ disponível em http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2c1_198-421_po.html
)
«Cremos que YHWH é UM
(echad), ou seja, apenas 1 (uma) Pessoa, e não Três. Cremos que YHWH pode se
manifestar de formas plurais, conforme atesta a Torá. Cremos que YHWH revela a
si próprio pelas K’numeh ou Gaunin (essências, naturezas, manifestações) do
PAI, do FILHO (= a Palavra/Memra) e da RUACH HAKODESH (Espírito de
santidade/ESPÍRITO SANTO). Cremos que o PAI, o FILHO Yeshua (Palavra) e a Ruach
HaKodesh(ESPÍRITO SANTO) são manifestações do mesmo YHWH» (Declaração de Fé do
dito “Judaísmo Nazareno Unicista”, declaração nº 01, disponível em http://www.judaismonazareno.org/nossa-fe/
)
Vemos que ambas as
declarações de fé tendem a DIVIDIR o Eterno em três pessoas ou três essências
ou três modos diferentes, em ambas as declarações notamos a forte influência
romana por trás destas duas religiões, num bom português popular “é tudo
farinha do mesmo saco”.
O unicismo nega a
pre-existência do Messias:
O unicismo nega qualquer
possibilidade da preexistência do Messias. Por quê? Porque isso colocaria em
risco sua falsa doutrina das múltiplas essências. Além de negar a preexistência
do Messias, os unicistas apontam para o dia quando D’us “deixará de assumir seu
papel de Filho e a filiação será, mais uma vez, absorvida pela grandeza de D’us,
que retornará a seu papel original como Pai, criador e soberano de tudo”. O que
não se entende com relação ao unicismo, é o porquê de todo este malabarismo
divino. A descrição que eles fazem de D’us é, sem dúvida alguma, uma verdadeira
encenação teatral. É justamente esse o conceito que se tem do Filho – a de um
personagem usado temporariamente pelo Pai num grande teatro divino. Consequentemente,
não haveria a pessoa do Messias feito Filho de D’us como pessoa espiritual,
porém o apóstolo Shaul/Paulo joga por terra este conceito unicista ao declarar:
“O qual foi pelo Eterno,
outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras,
quando diz respeito ao seu Filho nascido da descendência de Davi pela carne e
foi declarado Filho de D’us após sua Ressurreição dentre os mortos, segundo o
Espírito de santidade, Yesua haMashiach nosso Senhor” (Romanos 1:2-3)
Isto é, o Messias
pre-existia na mente de D’us, foi o primogênito da criação do Eterno(ver Colossenses
1:15 e Apocalipse 3:14) passou a existir como pessoas após seu nascimento de
Myriam, nascido da semente de Yosef seu pai natural por intervenção da Ruach do
Eterno, foi declarado Filho de D’us após sua Ressurreição, portanto, o Messias
é uma pessoas distinta do Eterno, não há como fugir disso.
Analisando um pouco as
Escrituras:
Vejamos apenas rapidamente alguns
textos que nos mostram a incoerência deste falso ensino, para que tal doutrina
fosse plausível, possível e lógica, Yeshua em nenhuma hipótese poderia ter
falado ou conversado com um outro ser em oração que também fosse reconhecido
como D’us, pois desta forma ele estaria falando com outra pessoa o que do ponto
de vista unicista é inconcebível.
Alguns falam de Yeshua ter
falado com sua natureza divina no céu enquanto sua natureza humana estava na
terra, mas isso não tem nexo e nem apoio bíblico, sendo necessário o uso de
achismos e opiniões subjetivas não respaldadas ou substanciadas nas Escrituras,
vejamos alguns textos que nos mostram de fato a realidade, nestes textos é
evidente a comunicação entre duas pessoas ou que existe duas pessoas
mencionadas, e não uma, como pregam os defensores unicista, doutrina esta que prega que Yeshua é tanto Pai como o Espírito.
* Daniel 7:13-14 = O Filho de
homem (representado pelo Messias) se aproxima de outra pessoa (D’us)
* Salmo 110:1 = O Eterno diz
ao senhor de Davi que sente ao seu lado, há dois seres aqui.
* Provérbios 30:4 = Nos
esclarece que D’us tem um filho, e pergunta-nos qual é o nome dele.
* Mateus 26:42 = Yeshua ora a alguém que ele identifica ser
seu Pai.
* Mateus 7:21 = Yeshua fala
que a vontade de outra pessoa que está no céu é que deve ser obedecida
* Mateus 11:25-27 = Mostra
claramente que O Pai e Yeshua são duas pessoas distintas, e não que só exista
Yeshua.
* João 8:17-18 = Yeshua cita
ele e seu Pai como sendo DUAS PESSOAS ou dois homens [δύο ἀνθρώπων].
* João 12:28 = Neste texto diz que uma voz, e não era a de
Yeshua, Falou desde o céu.
* João 20:17 = Aqui vemos que
o filho tem um Pai que também é seu D’us
Apocalipse 3:12 = Yeshua
menciona várias vezes alguém que ele mesmo chama de seu próprio D’us.
* Apocalipse 3:14 = Yesua se
identifica como o principio de criação do Eterno, e qualquer ser racional sabe o que quer
dizer a palavra princípio e também criação. (ver dicionário)
* Colossenses 1:15 = Diz aqui
que ele é a imagem do D’us invisível, não que ele seja o D’us invisível, diz também que ele é o primogênito (ver no
dicionário o que quer dizer essa palavra) diz ali também que ele é primogênito
de toda criação, ou seja, existe uma criação feita pelo Eterno e isso é
evidente, desta criação, Yeshua é o primogênito, o primeiro a ser criado ou
gerado.
Será que Yeshua poderia tomar iniciativa em fazer algo independente da
vontade de outra pessoa, que era superior a ele? Veja você mesmo a resposta em
João 5:19.
Yeshua tem autoridade no céu e na Terra? A
resposta é sim! Mas veja se ele sempre teve plenos poderes sobre o universo, ou
se isso lhe foi dado por alguém.(ver Mateus 28:18). E note que Yeshua depois de
cumprir seu papel qual Rei, intercessor, mediador da humanidade e vindicador de
YHWH D’us, irá entregar o Reino a seu D’us e Pai, sujeitando novamente todas as
coisas a D’us e se sujeitando a ele também, para que D’us seja tudo e em todos.
(ver 1° Corintios 15:24-28)
Só não vê a nítida distinção
e a existência de uma outra pessoa superior quem não quer ver. O fato de ser
dito que é a imagem de D’us não diz que ele é o único nem que é O Pai, o ser
humano também foi feito a imagem de D’us
e não é D’us. (ver Gênesis 1:26)
É interessante que muitos
unicistas usam o texto de João 10:30 para tentar provar que Yeshua é o próprio
Pai. Mas perceba bem neste texto que Yeshua não diz: "Eu sou o Pai",
mas sim que ele e o pai [ἐγὼ καὶ ὁ πατὴρ] eram um, e depois orou para que seus
discípulos todos fossem um, tal qual ele era um com o Pai. (ver João 17:11). Assim,
fica bem evidente o que Yeshua queria dizer, ou seja, ele estava unido num só
propósito com Adonai, e por isso ele e o Pai eram um, assim deveriam ser seus
servos.
Seria desnecessário o
apóstolo Paulo dizer aos judeus nazarenos do passado que há somente um só D’us,
e que ele é o Pai, e logo em seguida mencionar que há um só senhor, Yeshua
haMashiach, se na realidade eles não fossem duas pessoas, ou que os judeus
nazarenos do passado acreditassem no unicismo(doutrina que surgiria séculos
mais tarde após a apostasia). Porém, os unicistas não podem crer que haja duas
pessoas, pois se assim passarem a crer, já não creem mais na unicidade conforme
tanto pregam (ver 1° Corintios 8:5-6). Do mesmo modo os nazarenos do passado
JAMAIS creram no unicismo, se não, Paulo não teria feito esta declaração em
1º Coríntios 8:6
Os unicistas modernos são
lúcidos o bastante para compreenderem que D’us não pode ser três pessoas, mas
ilógicos o suficiente para não entenderem que o Filho e O Pai não podem ser
apenas "roupagens" diferentes de uma mesma pessoa. O próprio Yeshua
disse que não glorificava a si mesmo, mas sim que seu Pai é que o glorificava,
e acrescentou que este era o ser que os judeus professavam ter como D’us. (ver João
8:54). E se conforme Efésios 4:6, D’us é PAI de todos, e Yeshua disse que D’us
é seu Pai, então logicamente Yeshua também esta incluído entre o TODOS, dos
quais Adonai é tanto seu Deus como Pai.
Yeshua ao mencionar para
haSatã aquele a quem unicamente ele devia adoração, citou a si mesmo? Claro que
não, pois Yeshua citava outra pessoa, pois haSatã não iria solicitar adoração
do próprio YHWH D’us Eterno, ele não se atreveria a tanto, mas sim de um ser
que possivelmente poderia se corromper ou rebelar contra D’us. (ver Mateus 4:10)
Vocês conhecem os
pronomes? Nós, vós, eles? Quando Yeshua
disse: "E é somente a ELE que tens de prestar serviço sagrado",
estava Yeshua falando de si mesmo ou de uma outra pessoa? (ver João 16:3).
Salmo 110:1 deixa bem claro que Adonai convoca Yeshua para sentar-se ao seu
lado direito até que seus inimigos estejam debaixo dos seus pés. Veja também Mateus 22:41-45. O Tetragrama ou
nome divino, ocorre neste texto de Salmo 110:1 apenas uma vez, e a outra ocorrência
da palavra senhor no versículo não traduz o tetragrama, mas sim a palavra
Adonay, vejamos o texto hebraico:
לדוד מזמור נאם יהוה לאדני שׂב לימיני עד אשׂית איביך הדם לרגליך - Tehillim/Salmos 110:1
LeDavid mizmor ne'um YHWH l'adonay sheb liymiyniy ad ashiyt oyebeykha hadom leragleykha - Tehillim/Salmos 110:1
"De Davi. Salmo. Disse YHWH ao meu senhor: Senta-te à minha direita, até que eu ponha teus
inimigos como escabelo de teus pés" (Salmos 110:1)
Assim, vemos claramente uma
distinção sendo feita entre as personalidades mencionados. Filipenses 2:9-11
nos indica que Yeshua tem a posição que tem por que Adonai colocou ele nesta
posição, e está claro que se ele sempre detivesse a posição suprema, como
poderia ser exaltado soberanamente e lhe dado uma posição superior, se ele
sempre retinha a maior posição? Conseguem entender a questão? João 1:1 também
nos mostra que apesar do verbo também ser divino, ou seja, um Elohim, ele estava no
principio com o Eterno. Leiam também
estes textos e vejam se Yeshua estava falando dele mesmo: Mateus 11:27 / João
3:35
O texto de 1° Corintios
15:27 nos mostra que o Eterno D’us, O Pai, sujeitou todas as coisas debaixo dos
pés de Yeshua, mas segundo o próprio texto, se exclui ou excetua-se o próprio
Pai. Assim o que vemos é que tudo esta debaixo dos pés de Yeshua ou em outras
palavras, sujeito a ele, menos o Pai, e como vimos acima em Salmo 110:1, tudo
fica sujeito a Yeshua por que assim o Pai deseja. Em João 14:8-10 diz:
"Filipe disse-lhe: Senhor,
mostra-nos o Pai, e isso chega para nós. Yeshua disse-lhe: Tenho
estado tanto tempo convosco e ainda não vieste a conhecer-me, Filipe? Quem me
tem visto, tem visto [também] o Pai. Como é que dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? Não
acreditas que eu esteja em união com o Pai e que o Pai esteja em união comigo?"
O texto rezaria
literalmente: "Eu estou com o Pai e o Pai com eu está." Não existe base escriturística
para entender que Yeshua dizia que ele e o Pai eram a mesma pessoa. O que podemos
deduzir do texto, é que Yeshua estava revelando a seus discípulos que ele agia
e os tratava como O Pai os trataria. Era
como se ele dissesse, tal como o Pai, assim é o filho. Yeshua mesmo disse: "O
Pai é MAIOR do que EU" (ver João 14:28). Aqui temos Yeshua obviamente revelando sua natureza subordinada, não sendo uma
frase que expressa uma condição temporal, mas uma realidade constante. Não existe base para alegar que esta condição
seja apenas enquanto esteve na terra como humano.
E continuou sendo assim após
a ascensão dele aos céus. (ver 1° Coríntios 3:22-23 e 11:3)
Isaías 42:1 diz: "Eis
aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma;
pus o meu espírito sobre ele; ele trará justiça aos gentios".
O Eterno está falando dele
mesmo, ou de outra pessoa? comparar com Mateus 3:16-17. Também veja que o
próprio Yeshua disse que o Pai era uma pessoa a parte dele, pode ler isso em
João 8:17-18, onde Yeshua esta declarando que na Torah, o testemunho de duas
pessoas é tido como verdadeiro, assim Yeshua cita ele como uma testemunha e o
seu Pai como sendo outra, ou seja, duas pessoas.
Eu poderia citar dezenas de
textos para mostrar o erro de crer que
Yeshua é o próprio Eterno e o Espirito Santo, mas se a pessoa estiver
predisposta a não querer enxergar as evidências bíblicas, pouca adiantará o
nosso esforço. Mais do que argumentar, é necessário que a pessoa seja capaz de
assumir que está equivocada e iniciar uma busca por maiores explicações. Isso
obviamente requer humildade de espírito.
Conclusão:
Este artigo não se resumiu
em provar os erros teológicos de uma facção religiosa unicista e judaizante que se auto denominam “judeus
nazarenos” ou “judaísmo nazareno”, pelo simples fato de não haver judeus vindos
do judaísmo comum que aceite este dogma,
ao contrário, o artigo mostrou como e onde surgiu esta doutrina errônea,
a saber, dentro da Babilônia apostatada,
ou seja, do cristianismo dos primeiros séculos que se tinha afastado de livre
escolha da Fé e Raízes judaica dos apóstolos do Messias.
Sendo uma doutrina estranha
à Fé judaico-hebraica e nascida no seio
de Roma, não seria de se admirar que ainda hoje o cristianismo reproduzisse tal
doutrina, por isso foi de muita valia deixar os leitores informados sobre todas
as igrejas e denominações cristãs que também adotaram o unicismo como um dogma de fé, sendo
representado ao lado do trinitarianismo como a segunda maior corrente religiosa
mais seguida dentro do cristianismo.
Todos os que são chamados a
retornar a Fé Patriarcal, judeus e não judeus, que estão em processo de
Restauração precisam ficar alertas, não adianta dizer que fizeram Teshuvá mas
trouxeram um pedaço de Roma em suas bagagens, tais pessoas podem ter saído de
Roma, mas Roma ainda não saiu de dentro destas pessoas, Yisrael nunca acreditou
na vinda de um D’us encarnado, isto jamais passou pela mente de um judeu, os
judeus nazarenos do passado JAMAIS creram no unicismo, pelo simples fato desta
doutrina ter surgido séculos mais tarde já na apostasia cristã, por isso,
dirijo-me aos sinceros de coração que pensam estar no caminho certo mas que ainda
continuam enganados pelo mesmo sistema religioso romano, apenas com uma outra
máscara, abram os corações e estudem mais a Palavra de D’us, pois, a Palavra do
Eterno é uma Palavra que liberta e, como disse o apóstolo Shaul/Paulo:
“......para que destas
coisas vãs vos converteis ao D’us Vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo
que neles há” (Atos 14:15)
Rosh: Marlon Troccolli
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