segunda-feira, 17 de novembro de 2014
A SEGUNDA VINDA: MESSIAS SUMO-SACERDOTE E MESSIAS REI
A
SEGUNDA VINDA: MESSIAS SUMO-SACERDOTE E MESSIAS REI
Este estudo tem por finalidade provar a segunda vinda do
Messias (ou vinda do Messias rei) utilizando os textos das Sagradas Escrituras
como ferramentas argumentativas (Torah, Profetas e Salmos).
Os judeus que já reconheceram o Messias (que já veio)
utilizam para provar a sua primeira e segunda vinda um discurso utilizando as
expressões “Mashiach ben Yossef” (Messias, filho de José) e “Mashiach ben
David” (Messias, filho de David), onde no primeiro caso, o Messias viria ao
mundo para ser o “servo sofredor” semelhante a Yossef, filho de Israel, e no
segundo caso, o Messias viria como “o grande rei” semelhante a David, filho de
Yishai (Jessé). Esta argumentação é até válida para quem tem o pensamento aberto
e livre de preconceitos, mas o que irei propor neste estudo é a utilização de
dois termos que esclarecem de forma mais precisa (e com maior clareza nas
Escrituras) o advento do Messias:
1ª VINDA: MESSIAS SUMO-SACERDOTE
2ª VINDA: MESSIAS REI
Explicação dos casos:
Que todo judeu sabe que virá o Mashiach, isso todos
sabem, agora o que cada um entende por “vinda do Mashiach”, é nisto que existe
a discordância, uns creem que só existirá o “David”, o Messias rei, que porá um
fim em todas as tragédias do mundo e restaurará o reino de Israel; outros já
creem em uma “era messiânica” onde serão tempos de paz e juízo, e por fim, tem
quem creia que o Messias já veio, subiu aos céus e no fim dos tempos voltará.
Para sabermos quem está correto nesta história, primeiro vamos entender: O que
significa a palavra “Messias”?
MASHIACH= MESSIAS= UNGIDO (com óleo de unção)
Messias é um ser/pessoa que era ungido com óleo e eleito
para determinada função. Esta função era realmente algo muito sério, que
envolvia uma obra do Eterno nos céus e na terra.
Quem foi ungido, de acordo as Escrituras?
1.UMA PEDRA:
“E se levantou Yaakov (Jacó) de manhã, e tomou a pedra
que havia posto por cabeceira, e a erguer por sinal, e DERRAMOU AZEITE/ÓLEO
SOBRE ELA”
Gênesis 28: 18
2.OS SACERDOTES:
“E levarás a Aharon (Arão) e seus filhos à porta do
tabernáculo de reunião e lavá-los-á com água. E tomarás as vestes e vestirás a
Arão a túnica, o manto do efode, o efode e o peitoral, e o cingirás com o cinto
do efode. E porás a mitra sobre sua cabeça e sobre a mitra porás a diadema
santa. Logo, tomarás o ACEITE DA UNÇÃO E DERRAMARÁS SOBRE SUA CABEÇA, E OS
UNGIRÁS.”
Êxodo 29: 4-7
“E UNGIRÁS também a Arão e seus filhos, e os consagrarás
para que sejam meus sacerdotes.”
Êxodo 30: 30
3.O MISHKAN (A TENDA SAGRADA) E SEUS OBJETOS:
“Com ele (o óleo de unção) UNGIRÁS a Tenda do Encontro
(Ohel Moed), a Arca do Testemunho. A mesa com todos os seus utensílios, e a
Menorah (castiçal) com todos os seus utensílios, e o altar de incenso. O altar
de holocausto com todos os seus utensílios, e a fonte de sua base. Assim os
consagrarás e serão coisas santíssimas: tudo o que tocar neles será
santificado.”
Êxodo 30: 26-29
4.OS REIS:
“Enviou, pois, por ele e o fez entrar; e era ruivo,
formoso de olhos e bom de aparência. Então o Eterno disse: Levante-se e unge-o
porque é este. E Shmuel (Samuel) tomou o cifre DE ACEITE, E O UNGIU no meio de
seus irmãos, e desde aquele dia em diante o Espírito do Eterno veio sobre David
(Davi). Se levantou logo Samuel e voltou a Ramá.”
I Samuel 16: 12-13
“E lhe disse o Eterno: Vê, volta por teu caminho, pelo
deserto de Damasco: e chegarás, e UNGIRÁS a Hazael para ser rei da Síria.”
I Reis 19: 15
O PROFETA ELISEU:
“e Jeú, filho de Ninsi
UNGIRÁS para ser rei em Israel, e a Elisha (Eliseu), filho de Safat, de
Abel-mehola, UNGIRÁS para que seja profeta em teu lugar.”
I Reis 19: 16
Como podemos observar, não
era qualquer um que poderia ser ungido, eram pessoa específicas que tinham
funções muito importantes no ministério divino instituído pelo Eterno. E é
importante dizer, o Eterno proíbe qualquer tipo de unção que não seja de sua
ordem:
“E falarás aos filhos de
Israel, dizendo: Este será meu azeite da santa unção pelas vossas gerações.
Sobre cabeça de homem NÃO SERÁ DERRAMADO, nem fareis outro semelhante, conforme
sua composição, santo é, e por santo o tereis vós. Qualquer que compor unguento
semelhante e o puser sobre estranho, será CORTADO do seu povo.”
Êxodo 30: 31-33
O texto é claro: NÃO se deve
fazer óleo de unção semelhante ao feito para a Tenda e sair ungindo qualquer
pessoa. O óleo da unção é para ungir os UNGIDOS DO ETERNO, ou seja, SOMENTE
estes que ele mesmo designou.
Agora que já entendemos o
que é Messias e quem deveria ser ungido, vamos prosseguir.
QUEM
FOI UNGIDO PRIMEIRO?
Seguindo a ordem cronológica
dos fatos nas Escrituras, o primeiro ser ungido não foi um ser humano, e sim
uma PEDRA que recebeu óleo de unção pelo patriarca Jacó nas terras de Or (Luz)
que depois se chamou Beit-El (Betel= Casa de Deus). E o interessante que o
patriarca não se preocupa em ungir o local onde ele viu em sonhos a escada que
toca nos céus, e sim a pedra onde ele apoiou sua cabeça, e é interessante
porque as pedras, por serem objetos resistentes e duradouros, simbolizam
ETERNIDADE.
Agora entendemos o porquê o
Eterno escreveu as suas 10 palavras em tábuas de PEDRAS (Ex. 31: 18), para
simbolizar que aqueles mandamentos escritos deviam ser praticados pelo povo
ETERNAMENTE, pois eram palavras divinas.
Então podemos concluir, que
Jacó ungiu a pedra para simbolizar que ali onde ela estava eram os alicerces da
Casa do Eterno, e claro, a casa do Eterno é eterna assim como Ele.
Depois, vemos que Arão e
seus filhos foram designados SACERDOTES, e os sacerdotes eram pessoas UNGIDAS.
E por que disto? Qual o dever dos sacerdotes? Ou melhor, qual o deve de Arão, o
GRANDE sacerdote?
-Os sacerdotes eram os
responsáveis pelo serviço ministerial na Tenda do encontro (eterno), e
posteriormente, no Templo em Sião;
-Eles tinham que usar roupas
muito específicas determinadas na Torah.
-Eram os responsáveis pela
“expiação dos pecados”, o ato de sacrificar um animal limpo, sem defeitos, como
forma de conseguir o perdão do Eterno pelos pecados cometidos pelo povo (e por
eles mesmo).
-Eles eram os responsáveis
por ensinar o povo as palavras divinas (da Torah) e por exortá-los quando
pecassem (este ofício fica mais claro quando lemos os livros dos profetas, que
em sua maioria, eram de família sacerdotal, ver Jr. 1:1 por exemplo);
-Antes dos sacerdotes
começarem o seu ofício, ele deveria ser LAVADO com água, deveria por as vestes
santas, deveria ser UNGIDO com o aceite da unção, e no caso da primeira unção
(de Arão e seus filhos), eles deveriam por suas mãos sobre um bezerro para
“transferir” os seus pecados ao animal, e parte do sangue do animal era
ESPARGIDO sobre as vestes santas como parte da consagração (ver Ex. 29: 1-21).
O
sumo sacerdote e suas vestes:
O termo hebraico para sumo
sacerdote é “Gadol Cohen”. A palavra “Gadol” significa em sua essência,
GRANDEZA; SUPERIORIDADE; O MAIS ALTO CARGO DE UMA HIERARQUIA, e esta palavra
pode ser traduzida como “grande”, “maior”, “sumo” ou qualquer outro termo que
demonstre a pessoa/ser um destaque de maioridade entre os demais de seu gênero.
No caso do Sumo Sacerdote, ele é o GRANDE sacerdote, o principal de todos os
sacerdotes, incomparável aos demais; e sendo este superior aos outros, as suas
vestes e seu ofício eram de maior responsabilidade também.
-Nas suas vestes, ele tinha
um peitoral onde ele carregava doze pedras preciosas. Nestas pedras estavam
escritos os nomes das doze tribos de Israel. Também carregava o Urim e o Tummim
(Ex. 28: 15-30);
Explicação: Este peitoral
com estas pedras simboliza que o sumo sacerdote era responsável ETERNAMENTE
(lembra o que significam as pedras?) pelo julgamento dos nomes ali escritos (os
das doze tribos de Israel).
-Sobre o turbante do sumo
sacerdote, estava atada uma lâmina de ouro puro, na qual estava escrito:
“KODESH LA’ADONAI- SANTIDADE AO ETERNO” na parte frontal do turbante (Ex. 28:
36-39);
Explicação: O Eterno queria
deixar de forma muito clara a todo o povo que o sumo sacerdote era um homem SANTO,
ALTAMENTE SEPARADO AO ETERNO, e este era responsável por manter a santidade das
coisas santas. O líder de todos no que diz respeito ao ministério no local
santo do Eterno. Também é para lembrar ao povo que o sumo sacerdote é quem
“carregaria” a iniquidade concernente às coisas santas que os filhos de Israel
consagraram (lembrando que o próprio povo é considerado uma santidade ao
Eterno, pois o mesmo deseja que seu povo seja santo, ver Lev. 20: 7).
O
dever do sumo sacerdote:
-Além dele fazer os ritos
concernentes aos sacerdotes, ele tinha a missão de entrar no “Santos dos
Santos”, o local mais sagrado da Tenda, uma vez por ano, no Yom Kippur (Dia da
Expiação) para ali fazer expiação pelos pecados do povo (Ex. 30: 1-10)
Resumo
sobre o sumo sacerdote:
Então vamos resumir o
trabalho do sumo sacerdote:
-Ele era o GRANDE sacerdote,
o líder do sacerdócio de sua época;
-Ele tinham um peitoral com
doze pedras (simbolizando as tribos de Israel), mais as pedras de Umin e
Tummin, para simbolizar que ele era o responsável pelo julgamento das doze
tribos, seja para o bem ou para o mal;
-Ele carregava sobre sua
cabeça uma lâmina escrito “SANTIDADE AO ETERNO” como forma de expor a sua
santidade;
-Ele “carregava” sobre si as
culpas dos israelitas sobre as coisas santas (o próprio povo é uma coisa
santa);
-Moisés salpicou sangue de
bezerro sobre as vestes santas de Arão (o primeiro sumo sacerdote);
-Ele era responsável por
entrar no Santo dos Santos, uma vez por ano no Yom Kippur, para alí fazer
expiação por todo o povo.
-O ministério do sumo
sacerdócio é eterno.
Sem dúvidas, o sumo
sacerdote era um homem de extrema importância. Existe mais a ser dito sobre
ele, mas para isso, convidarei o leitor a estudar mais as Escrituras, pois
senão o estudo ficará demasiadamente longo. Vamos para o próximo tópico:
A
TENDA DO ENCONTRO (O MISHKAN):
A Tenda do Encontro (ou se
fazermos uma brincadeira com o hebraico, a “Tenda do Para Sempre”) também tinha
que ser consagrada e ungida junto com os seus objetos, e o motivo não são um, e
sim muitos.
Precisaríamos de um estudo
só para falar da Tenda, pois cada objeto tem um significado e nos leva a pensar
em várias coisas, mas para sermos objetivos, vamos lembrar que um tenda é uma
MORADA PROVISÓRIA E MÓVEL.
-Se ela é uma morada, então
podemos dizer que a tenda é uma “Casa do Eterno”, e se ela é uma Casa do
Eterno, podemos ir mais além e compará-la a cidade santa, Yerushalaim
(Jerusalém), pois é a única cidade chamada claramente pelas Escrituras de Casa
do Eterno (Sl. 122);
-Se ela é móvel, podemos
então compará-la aos seres vivos que se locomovem, em especial o ser humano;
-Logo, podemos concluir que
a Tenda do Encontro foi construída para demonstrar a vontade do Eterno de
habitar no meio dos seus seres viventes, em especial o seu povo de Israel,
afinal, ele mesmo declara que deseja habitar no meio/dentro de nós (Ex. 25: 8).
O
REI:
Muito tempos depois das
unções da Tenda e dos sacerdotes, o Eterno pede para se ungir aqueles que
seriam os reis em Israel, e é muito simples entender o motivo: Porque estas
pessoas seriam os REIS.
Um rei é a autoridade máxima
no regime político chamado monarquia, ele é o grande líder de toda a nação, no
caso dos reis de Israel não era diferente, com o detalhe que este povo em
específico tem uma forte ligação com o Divino, e logo, o rei era responsável
por manter a ordem e a obediência das pessoas a Torah. Quando o rei se desviava
dos bons caminhos, o povo seguia o seu exemplo.
O
PROFETA ELISEU:
O motivo pelo qual Eliseu
foi ungido está escrito no próprio texto em I Reis 19: 16, pois ele seria o
sucessor de Eliyahu Hanavi (Elias, o profeta). Os profetas não obrigatoriamente
deveriam ser ungidos, embora sua grande maioria era, pois os mesmo eram de
família sacerdotal (exemplo: Jeremias, filho de Hilquias, dos sacerdotes de
Anatote, Jr. 1: 1).
Agora, podemos responder uma
simples pergunta:
QUEM VEIO PRIMEIRO? OS SUMO
SACERDOTES OU OS REIS?
Resposta: Os sumo
sacerdotes, e MUITO TEMPO DEPOIS, os reis.
Agora estamos prontos para
seguir ao próximo passo:
O MESSIAS DEVERIA SER PEDRA,
TENDA, SACERDOTE, REI OU PROFETA?
Ninguém discorda que o
GRANDE Messias, aquele que trará a redenção do Eterno a este mundo, é um homem
diferente dos demais, não no aspecto físico, mas que sua essência tem origem
divina:
“Mas tú, Beit-Lechem Efratah
(Belém Efrata), pequena para estar entre as famílias de Yehudah (Judá), de ti
sairá o que será legislador em Israel, e suas saídas são desde a antiguidade,
desde os dias da eternidade.”
Miquéias 5: 2
Logo, se ele é um homem
“predestinado” pelas Escrituras, os seus feitos (ou boa parte deles) devem
estar relatados também, e pelo os seus feitos, podemos saber qual é a sua
“profissão”.
Afinal existem coisas que
são obvias demais: Se você faz cirurgias nos dentes das pessoas, então você é
um DENTISTA, se você defende o seu cliente em tribunal, então você é ADVOGADO,
e por ai vai...
Vejamos quais as funções do
Messias que suas profissões que as Escrituras nos declaram:
Ele de fato, deverá ser rei:
“Eis que vêm dias, diz o
Eterno, em que levantarei a Davi um renovo justo, e REINARÁ COMO REI, no qual
será ditoso, e fará juízo e justiça sobre a terra. Em seus dias será salvo Judá
e Israel habitará segura, e este será o nome no qual o chamarão: Senhor, Nossa
justiça”
Jeremias 23: 5-6
Se o texto diz que ele será
rei, então todas as atribuições de um rei lhe são atribuídas (por questões
lógicas). E sempre que as Escrituras falam desse Messias Rei, o texto sempre
está ligado a um contexto escatológico, ou seja, este Messias Rei só exercerá
sua função de rei no Fim dos Dias.
E além de rei, as Escrituras
também nos ensinam que o Messias deveria ser SACERDOTE.
Mas onde está escrito isto?
“Então [O Eterno] me fez
voltar para o caminho da porta exterior do santuário, que olha para o oriente,
a qual estava fechada. E disse-me o Eterno: Esta porta permanecerá fechada, não
se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o Eterno, o Deus de Israel entrou
por ela; por isso permanecerá fechada.
“Quanto ao NASI (príncipe?),
o Nasi (príncipe) é ele, se assentará ali, para COMER O PÃO diante do Eterno;
pelo caminho do vestíbulo da porta entrará e por esse mesmo caminho sairá.”
Ezequiel 44: 1-3
Comer o pão? Que pão?
No texto acima diz que o
Messias, o NASI (príncipe?) passará pela porta que dá acesso ao Templo
(atualmente esta porta está FECHADA, pois a mesma está na parte árabe da cidade
santa), ali se assentará e comerá o PÃO diante (a face) do Eterno. O detalhe
está que se o Messias cruzou aquela porta, então ele entrará no TEMPLO que está
(estará) do outro lado da porta, e se ele vai comer pão, então este pão é o que
está DENTRO do Templo, um alimento permitido SOMENTE AOS SACERDOTES. Como
podemos ver:
“e porás sobre a mesa [da
Tenda do encontro] o PÃO DA PREPOSIÇÃO DIANTE DE MIM continuamente.”
Êxodo 25: 30
“e Arão [o sumo sacerdote] e
seus filhos [os sacerdotes] COMERÃO a carne do carneiro e o PÃO que estará no
cesto à porta da Tenda do Encontro. E comerão aquelas coisas com as quais se
fez expiação, para limpar e consagrá-los; mas o estranho [pessoa que não é
sacerdote] NÃO as comerás, porque são santas.”
Êxodo 29: 32-33
“Também tomarás da flor de
farinha, e dela cozerás doze PÃES; cada pão será de duas dízimas de um efa. E
os porás em duas fileiras, seis em cada fileira, sobre a mesa pura, perante o
Eterno. E sobre cada fileira porás incenso puro, para que seja, para o pão, por
oferta memorial; oferta queimada é ao Eterno. Em cada dia de sábado, isto se porá
em ordem perante o Eterno continuamente, pelos filhos de Israel, por aliança
perpétua. E será de ARÃO E SEUS FILHOS [os sacerdotes], os quais o COMERÃO NO
LUGAR SANTO, porque uma coisa santíssima é para eles, das ofertas queimadas ao
Eterno, por estatuto perpétuo.”
Levítico 24: 5-9
CONCLUSÃO:
O Messias comerá o pão da
preposição diante [da face] do Eterno, e se ele vai comer no LUGAR SANTO (no
Templo) o pão que é destinado SOMENTE aos SACERDOTES, então, é fácil concluir
que ele além de rei, é TAMBÉM sacerdote.
E se ele é sacerdote, então
lhe cabem também as funções de sacerdote ao qual já falamos anteriormente.
Entre elas, ele deve CARREGAR as culpas do povo.
Agora mais um texto que fala
do sacerdócio do Messias:
“E jurou o Eterno e não se
arrependerá: Tu és um SACERDOTE eterno, segundo a ordem de Malki-Tsedék
(Melquisedeque).”
Salmos 110: 1-4
De acordo as Escrituras,
Melquisedeque era além de sacerdote, ele era um rei, logo, o texto nos declara
que o Messias, assim como ele, deveria ter os dois ofícios.
O MESSIAS DEVERIA CUMPRIR DE
UMA VEZ OS SEUS DOIS OFÍCIOS?
Então após ler tudo o que
foi dito acima, alguém ainda pode pensar que o Messias deve sim ser sacerdote e
rei, mas que ele de uma única vez cumprirá o seu ofício. Mas esta opção é
válida?
Todos os textos que falam de
um Messias rei, falam que ele irá JULGAR e ensinar a “sua Torah/doutrina” as
nações:
“Porque brotará um rebento
do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre
ele o Espírito do Eterno, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito
de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Eterno. E
deleitar-se-á no temor do Eterno; e não JULGARÁ segundo a vista dos seus olhos,
nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos. Mas JULGARÁ com justiça aos
pobres, e repreenderá com eqüidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a
vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio.”
Isaías 11: 1-4
“Não faltará, nem será
quebrantado, até que ponha na terra a justiça; e as ilhas aguardarão a sua
Torah/lei.”
Isaías 42: 4
Porém, para julgar como rei,
ele deve antes redimir aqueles que são os seus, ou seja, ele deve limpar as
pessoas que se converteram ao Eterno e assim ele fará um juízo justo. E como
ele faria um julgamento e uma expiação do pecado ao mesmo tempo?
Todas as profecias ligadas
ao Messias Rei estão conectadas com os tempos do fim, e nos tempos do fim não
há abertura nas profecias para se fazer expiação por ninguém, serão tempos de
JULGAMENTO DIVINO, quem tiver que ser remido, deverá ser remido ANTES do
julgamento.
Então antes que o Messias
venha como Rei para julgar, ele deve antes vir como sacerdote para ensinar,
exortar e fazer expiação pelos pecados. Ele deve ser “lavado com água” como
Arão e seus filhos foram, ele deve ter sangue espargido sobre suas “vestes”
santas, deve carregar sobre si o peitoral com as pedras de julgamento e também
deve entrar no Santo dos Santos para fazer a expiação do Yom Kippur. Enfim, o
Messias deve fazer TUDO o que diz respeito ao seu serviço de sacerdote para
TEMPOS DEPOIS exercer o seu serviço de rei fiel, segundo a extirpe de Davi.
CONCLUSÃO: Não há como haver
Messias Rei antes que venha o Messias Sumo Sacerdote, pois e necessário que ele
faça seu serviço de expiação durante a prolongação deste mundo para depois
fazer seu serviço de julgamento no fim deste mundo.
Logo, podemos entender que a
vinda do Messias se divide em pelo menos duas partes:
1ª VINDA= MESSIAS SUMO
SACERDOTE
2ª VINDA= MESSIAS REI
FINAL:
Eu penso que este argumento
é mais válido do que o “Mashiach ben Yossef; Mashiach ben David”, que embora
seja válido, não tem uma base escriturística válida para os “saduceus” de
plantão. É claro que podemos dizer muito mais sobre o assunto, mas convido o
leitor a estudar mais sobre o tema e serão que a 2ª vinda do Messias é algo totalmente
provável pelas Escrituras, algo que vai muito além do que um ”achismo” de um
grupo de judeus do primeiro século.
QUE A PAZ ESTEJA COM
TODOS!!!!
Autor: Douglas Lima
_____________________________________________
domingo, 2 de novembro de 2014
O USO DO KIPÁ É ANTI-BÍBLICO??
O USO DO KIPÁ É ANTI-BÍBLICO???
1 – Introdução:
Não é novidade para ninguém
que na internet há muita coisa boa e aproveitável, mas tem também muito LIXO
descartável, frequentemente vejo postagens na net criticando e condenando o uso
de certos costumes e tradições deixadas por nossos Patriarcas e praticados por
nosso povo a milênios tais como o uso da Estrela de David (מגן דוד - Magen
David), o uso de cobertura sobre a cabeça (precisamente do Kipá), o uso do
Talit entre outras coisas, na realidade, quem se coloca contra estes costumes desconhecem
completamente o verdadeiro contexto sócio-cultural e religioso do povo de
Yisrael do passado bem como dos yehudim notzerim (judeus nazarenos) históricos
que viveram no primeiro século da era comum, em primeiro lugar é preciso saber
que, os nazarenos históricos eram JUDEUS de verdade vindos do judaísmo comum e
não cristãos gentios, se eram judeus então DESCONHECIAM dogmas cristãos tais
como trinitarismo e unicismo criados séculos mais tarde pelos ditos pais da
igreja romana, eles praticavam a Fé Patriarcal de Avraham, Yitz’chak e Ya’akov,
a Fé que uma vez foi dada aos tzidakim (ver Judas 1:3), tudo isso faz-se
necessário saber para se evitar certas bobagens que estão sendo postadas na
internet.
Também fico muito triste
quando vejo postagens de duras críticas contra Yisrael como nação e contra o
judaísmo como instituição religiosa, sabemos que o judaísmo comum
está afastado da verdadeira Fé Patriarcal, mas Yisrael será sempre o povo
eleito do Eterno, NADA nesta terra tirará este status deles, apenas Adonai pode
julga-los, critica-los, condena-los ou Restaura-los, Yisrael é um assunto de D’us
e NINGUÉM tem que se envolver nisso.
Entrando no mérito da
questão, alguns alegam que o kipá é apenas uma tradição determinada pelo Talmud
ou pela tradição judaica, porém quando estudamos as Escrituras dentro do
contexto hebraico percebemos que o uso de coberturas sobre a cabeça era
permitido e, em alguns casos até instituído pelo Eterno, que homens cubram suas
cabeças em oração ou adoração. Este é um estudo do hebraico e do aramaico na
Torah e nos Ketuvim Notzerim respectivamente para esclarecer o uso do kipá ou
qualquer outra forma de cobertura sobre a cabeça. Deixem-me apenas esclarecer
uma coisa: A COBERTURA DA CABEÇA NÃO PRECISA OBRIGATORIAMENTE TER O FORMATO DE
UM KIPÁ TRADICIONAL.
2 - No Princípio:
Vamos voltar ao Princípio,
em B’reshit/Gênesis 1:26 onde o Eterno criou o homem à Sua imagem e semelhança.
Originalmente o homem era coberto das vestes de luz (or) e glória (kavod) por
majestade e esplendor, tal qual proclamado em Tehilim/Salmos 104:1-2:
"Eterno D’us meu, tu és magnificentíssimo; estás vestido de glória e de
majestade. Ele se cobre de luz como vestes...". Sabemos disto por causa da
palavra "nu" no hebraico em B’reshit. Antes da queda do homem, a
palavra "arom" é usada em B’reshit 2:25, o que indica um estado de
nudez parcial. Já depois da queda, a palavra usada em B’reshit 3:7 é a palavra
'erom', que significa no hebraico uma nudez completa. Algo aconteceu ao homem
quando ele caiu. Ele perdeu a "cobertura" que tinha recebido do
Eterno na criação. E o Eterno o vestiu em B’reshit 3:21 com uma roupa
substituta que Ele mesmo fez.
Atualmente, estamos em
semelhança à carne do pecado (Romanos 8:3) e não ao Eterno. Não somos mais
perfeitos como Ele nos ordenou sermos (Matitiyahu/Mateus 5:48) por causa da
queda. SOMENTE YESHUA É ATUALMENTE IMAGEM E SEMELHANÇA DO ETERNO (1 Cor. 11:7;
1 Cor. 15:49; Rom. 8:29). Na ressurreição, nasceremos de novo em Sua imagem e
semelhança, como filhos de Elohim - O Único e Verdadeiro, depois de deixarmos
de lado esta carne pecaminosa e corruptível e nos vestirmos com um corpo
incorruptível como o de Yeshua.
3 - Moshe, Nosso Exemplo:
Um de nossos grandes
exemplos na Torah é o de Moshe Rabeinu (Moisés, nosso professor). Em Shemot/Êxodo
3:4-5, o Eterno ordena a Ele que remova as sandálias pés ele estava em solo
santo. Moshe, sendo um pastor no deserto de Midian certamente usava algum tipo
de cobertura na cabeça para protegê-lo do sol escaldante e do calor do deserto,
mas o Eterno NÃO ordenou que ele removesse a cobertura da cabeça ao entrar em
Sua presença.
Depois do Êxodo do Egito, o
Eterno disse a Moshe que separasse os primogênitos como cohanim (sacerdotes) a
Ele (Shemot/Êxodo 13:1-2, 19:3-24, 24:4-8). Isto mudou após o incidente do
bezerro de ouro e o Eterno escolheu os filhos de Levi para serem cohanim uma
vez que os primogênitos haviam pecado contra Ele. Eles se desqualificaram do
ofício de sacerdote por causa da idolatria. O Eterno os ordenou que removessem
os "ornamentos" no Monte Horev. A palavra aqui é 'adi', que significa
adorno, correia, coroa ou cobertura para a cabeça. Ao remover a 'cobertura para
a cabeça' deles, o Eterno os removeu do ofício de sacerdotes. A "glória,
honra e esplendor" foram removidos deles e dados à tribo de Levi. Ao
sacerdócio levítico/aarônico foi comissionado ministrar diretamente ao Eterno
no Mishcan (Tabernáculo) - vide Shemot/Êxodo 28:1 e Bamidbar/Números 8:16
4 - Vestes Sacerdotais:
As vestes sacerdotais foram
dadas aos cohanim (sacerdotes) e aos levi'im (levitas) para "glória e
ornamento". (Shemot/Êxodo 28:2). Também lemos em Yeshayahu (Isaías)
61:3-7: "...vestes de louvor... Porém vós [TODO YISRAEL, e não somente os
levi'im] sereis chamados sacerdotes do Eterno, e vos chamarão ministros de nosso
D’us...lugar da vossa vergonha [ou nudez]". No Reino do Eterno, todo
Yisrael será feito sacerdotes a Ele, conforme dito em Shemot/Êxodo 19:6. Creio
que estes são os B'nei Tzadok (Filhos da Justiça) em Yecheskel/Ezequiel 44:15 e
Apocalipse 20:6. De acordo com os Ketuvim Notzerim, somos todos sacerdotes
AGORA (1 Kefá 2;5; Ap. 1:6). Como sacerdotes, o Eterno nos deu vestes para
cobrir nossa "nudez" e refletir a Sua glória, esplendor e beleza: o
Talit e a cobertura da cabeça.
5 - Cobertura Para as
Cabeças:
A palavra usada em
Shemot/Êxodo 29:9 e 39:28 para se referir à peça de vestuário usada pelos
cohanim (sacerdotes) como parte de suas vestes é migbaá. A palavra 'migbaá'
deriva da palavra 'Gueba', que por sua vez vem de uma raíz léxica pouco usual:
'Guebia'. Esta raiz significa algo convexo, um cálice de uma flor, um copo ou
tigela. O Dicionário Bíblico "The Interpreter" volume 1 página 532
diz (e aqui traduzimos que: "o chapéu de um sacerdote era um objeto cônico
de linho aveludado que era preso à cabeça do sacerdote como SINAL da sua
investidura. O chapéu era um item peculiar das vestes sacerdotais". Pelo
que vemos do significado hebraico da palavra, associado à descrição dada por
este dicionário, concluímos que os cohanim (sacerdotes) usavam uma cobertura convexa
e aveludada no serviço ao Eterno. Não é difícil perceber que este 'design' é
extremamente semelhante ao do kipá moderno!
A mitra (ou turbante
oficial) do Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) é chamada no hebraico de mitsnefet. De
acordo com Philo e com Josefus era uma cobertura tradicional de um sacerdote
porém com um turbante azul escuro por cima. Josefus (Antiq. 111.7.3,6) diz que
a cobertura de cabeça dos sacerdotes era feita dobrável e por isto se tornava
como um kipá atual. O comentário de Clarke, vol. 1, página 445 nos diz que
"mitsnefet vem da raiz 'enrolar' (tsanaf) ou envolver, e evidentemente
significa o mesmo que a cobertura de cabeça tão usual nos países do oriente, à
qual chamamos de turbante..' Nota: apenas o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) usava turbante
ou mitra, enquanto os cohanim (sacerdotes) regulares usavam algo semelhante a
um kipá!
Os Ketuvim Notzerim dizem
que somos sacerdócio santo (isto é, separado) oferecendo sacrifícios
espirituais ao Eterno (1 Kefá 2:5). Não deveríamos então ter algum tipo de
cobertura para a cabeça ao ministrarmos como sacerdotes perante o Eterno?
Lembrem-se: estamos falando apenas da Torah, e não de tradição ou mesmo do
Talmud. O interessante é que, de acordo com a Torah, o Cohen Gadol (Sumo
Sacerdote) jamais poderia descobrir sua cabeça, mesmo quando lamentando pelos
mortos (ver Lev. 21:10-11). Yeshua é o nosso Sumo Sacerdote segundo a ordem de
Malki-Tsedek (Ivrim/Hebreus 6-8, Tehilim/Salmos 110:4-6). Não é difícil de
imaginar que Ele use uma cobertura de cabeça ao ministrar como nosso Sumo
Sacerdote no Mishcan (Tabernáculo) celestial.
6 - O Noivo:
Yeshayahu (Isaías) 61:10
diz: "...como um noivo se adorna com turbante sacerdotal..." Aqui a
palavra que é traduzida erradamente como turbante é pe'er, que significa 'embelezamento',
isto é, uma bela cobertura de cabeça. Repare que este verso diz que o noivo usa
uma cobertura de cabeça no seu casamento! Yeshua está voltando como NOIVO para
casar-se com Yisrael depois da tribulação, e para as bodas de casamento do
Cordeiro. Não é difícil supor que Ele estará usando uma cobertura na cabeça.
7 - O Rei David:
David HaMelech (O Rei
David), um homem segundo o coração do Eterno, estava adorando com a cabeça
coberta quando suas orações foram atendidas. Em II Sh'muel 15:30-37, David foi
ao monte das oliveiras (exatamente como Yeshua fez posteriormente) chorando,
descalço, e com sua cabeça coberta. E TODOS cobriram suas cabeças e subiram
chorando... e David disse: "Ó Eterno, oro a Ti..." David estava
buscando a face do Eterno, pedindo por socorro. E ele estava ORANDO COM A
CABEÇA COBERTA. Se o Eterno o atendeu, então por que alguns condenam o uso da
cobertura da cabeça??? Infelizmente interpretam ERRADAMENTE as palavras do
rabbi Shaul haShaliach.
8 - O Livro de Daniel:
Chananiyah, Mishael e
Azrariyah foram três judeus levados cativos a Bavel (Babel/Babilônia) entre 598
e 582 AEC. Daniel e estes três judeus serviram na corte de Nabucodonosor. Eles
SE RECUSARAM a se contaminarem com o paganismo de Bavel (Babel/Babilônia). Em
Daniel 3:21, vemos que eles SE RECUSARAM A SE PROSTRAREM perante os deuses e
costumes da região e foram jogados na fornalha ardente com sua 'Karbalá'. Esta
palavra aramaica também significa 'cobertura de cabeça' ou turbante. Vemos
então claramente que o kipá NÃO É um costume babilônio como alguns alegam.
Sabemos que os babilônios usavam chapéus ou turbantes em seu dia-a-dia, mas
isso não significa que os judeus importaram o costume deles. Aqui vemos
claramente que os judeus JÁ USAVAM COBERTURA DE CABEÇA ANTES do cativeiro.
Sabemos também que no Oriente Médio muitos homens usam cobertura de cabeça. Ou
seja, os judeus levaram este costume ao exílio em Bavel (Babel/Babilônia). Eles
não aprenderam este costume lá como alguns erroneamente alegam. Yechezkel
(Ezequiel), que profetizou um pouco antes do cativeiro, recebeu uma ordem do
Eterno para por o seu "turbante" na cabeça em Ezequiel. 24:15-17 e
novamente em 20-23!
9 - O Comentário de Shaul
haShaliach:
Passarei agora a mostrar
alguns pontos usados erroneamente e de maneira leviana para tentar desviar a
mente do leitor do verdadeiro sentido do texto bíblico e das palavras de Shaul,
derrubando com todos os SOFISMAS. Algumas pessoas infelizmente por falta de
conhecimento histórico, fazem uma leitura super equivocada das palavras de
Shaul em I Coríntios 11, pois não levam em consideração os aspectos culturais,
sociais, históricos e religiosos da época, Shaul não está falando neste texto
sobre nenhuma cobertura sobre a cabeça, e nem poderia, pois ele era fariseu e
também usava Talit, Yeshua declarou que os fariseus alongavam as franjas de
seus Talitôt com o fim de serem vistos pelos homens(ver Mateus 23:5), logo, os
fariseus usavam Talit, o contexto cultural do texto mostra se tratar de CABELOS
e não de coberturas externas, a Carta de Shaul haShaliach foi primeiramente
endereçada aos irmãos da cidade de Corinto, na Grécia. Corinto é até hoje uma
cidade portuária muito importante, pois recebe embarcações de todas as nações
através do Mar Mediterrâneo. Corinto foi uma autêntica metrópole, abrigando
gente de todas as culturas antigas. A cidade oferecia aos viajantes, mais
divertimento e opções culturais que outros portos. Naqueles dias, havia um
culto a uma deusa chamada Afrodite, que era tida como a deusa da fertilidade. E
nesses cultos havia a presença de prostitutas e prostitutos culturais, que
tinham relações sexuais durante a cerimônia. A maioria delas tinha a cabeça
raspada. O seu templo abrigava mais de 1000 prostitutas. A cidade tornou-se
símbolo da promiscuidade e decadência moral. Este culto passou ser uma tradição
da cidade e infelizmente existe até hoje na Grécia. Por volta do ano 50 Shaul
morou nesta cidade por um período de 18 meses (ver Atos 18:11), onde ensinou a
Bessorah, e mesmo debaixo de perseguição deixou ali uma Congregação implantada.
Depois que partiu, Shaul escreveu uma carta, hoje perdida (I Coríntios 5.9).
Talvez em resposta a essa carta, os crentes lhe redigiram algumas perguntas
inquietantes.
A cultura judaica era
diferente dos costumes de Coríntios. As mulheres gregas vestiam-se de modo
diferente das judias. Os judeus jamais comeriam uma comida vendida em mercado
comum, principalmente sacrificada a ídolos. Um judeu de modo algum permitiria
que suas mulheres falassem nas sinagogas, mas na cultura helênica, contanto que
cobrisse a cabeça, as mulheres receberiam permissão para orar, profetizar e
exercer algumas atividades. Porém, devemos atentar ao FOCO principal do texto,
Shaul está falando de CABELO e não de Talit ou qualquer outra Mitz'vá da Torah,
quem comete este erro são aqueles que não entendem a real contextualização,
também havia em Corinto certos adoradores de Afrodite que eram homossexuais e
deixavam os cabelos crescerem igual as mulheres, e que faziam parte dos
prostitutos cultuais, Shaul engloba toda esta situação quando ele diz: "Ou
não ensina a própria natureza que é desonroso para um homem usar cabelos
compridos?" (verso 14), este verso liquida toda a questão acerca do
entendimento do texto em si, Shaul não está se referindo a nenhuma forma de
cobertura como turbante ou Kipá(que nem existia na época) e nem poderia, pois
ele mesmo praticava todos os costumes referente a adoração, inclusive de raspar
a cabeça igual como nós judeus fazemos até hoje quando tomamos algum voto(ver
Atos 18:18), *verifiquem no rodapé da Bíblia de Jerusalém, eles confirmam esta
exposição.
10 – Conclusão:
Concluindo, o artigo nos
mostrou que no meio do povo de Yisrael o uso de cobertura sobre a cabeça era
tanto comum como aceitável diante do Eterno em vários pontos tais como:
* O uso do Turbante na
adoração e serviço religioso dos sacerdotes ver Levítico 10:6 e 21:10.
* No Ato nupcial de um
casamento israelita ver Isaías 61:10.
* No Ato de contrição ao
Eterno por um momento difícil onde se requeria um momento de oração e súplica
ao Eterno ver II Samuel 15:30-31
* Como uso costumeiro de
cobrir a cabeça por tradição israelita mesmo fora da terra de Yisrael ver
Daniel 3:21
* Como uso costumeiro entre
os profetas e homens de D’us, mesmo em face da dor, eles não tiravam suas
coberturas da cabeça ver Ezequiel 24:17-23
Todos estes textos são
exemplo do uso costumeiro de coberturas na cabeça pelo povo de Yisrael, e os
judeus nazarenos sendo israelitas naturais continuaram seguindo os mesmos
costumes e tradições milenares ora por mandado divino, ora por tradição
étnico-semítico.
Contudo, quando nós judeus
reconhecemos Yeshua como nosso Mashiach, pela Fé, somos restaurados ao
sacerdócio, nos envolvemos na sua santidade e vestimos as vestes da sua
salvação, todo Yisrael pode novamente ser uma nação de sacerdotes! Colocamos o
capacete da Salvação em nossas cabeças (Ef. 6:17) reparem como até na Aliança
Renovada temos coberturas sobre a cabeça. Mais uma vez estamos vestidos com a
glória dele, e com seu esplendor. O kipá e o talit são símbolos físicos e
também memoriais desta justiça, podemos como SACERDÓCIO REAL praticar a justiça
(lvrim/Hebreus 10:21-27). Podemos dizer ainda que neste mundo ESTAMOS
“TREINANDO’’ PARA REINARMOS COMO COHANIM (SACERDOTES) NO REINO VINDOURO DO
ETERNO!
Yeshua obteve a qualificação
do sumo Sacerdócio que havia sido removido da Casa de Yisrael pelo pecado (Ez.
21:21-27) e TODO YISRAEL, não somente Levi, é chamado ao sacerdócio da ordem de
Malki-Tsedek e dos B’nei Tsadok (filhos da justiça – Hebreus/lvrim 7:24-29; Ez.
44). É um sacerdócio superior (Ez. 44:10-14) ao sacerdócio terreno dado somente
aos Levi’im. Neste sentido, podermos nos reunir aos da tribo de Levi e juntos
cumprirmos o nosso propósito de sermos cohanim (sacerdotes) ao Eterno por toda
a eternidade.
Rosh: Marlon Troccolli
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Mente Hebraica x Mente Grego-Romana
Mente
Hebraica x Mente Grego-Romana
Introdução:
A Bíblia no original é,
humanamente falando, um produto da mente hebraica. A primeira manifestação
original do que hoje chamamos de “Igreja” foi também uma expressão da mente hebraica.
Em algum ponto na história eclesiástica, alguém abandonou o projeto inicial
dentro do contexto hebraico comum aos dias de Yeshua e o substituiu por um
não-hebraico, precisamente Grego/Romano. Como resultado, o que foi construído
desde então tornou-se uma caricatura do que se pretendia. Em muitos aspectos
tornou-se antagônica aos milênios de historia, cultura e tradição oral herdada
por gerações anteriores.
Vamos analisar algumas das diferenças fundamentais na mentalidade dos hebreus dos tempos bíblicos em contraste com a forma helenística (grego-romana) de pensar que deu surgimento a maior parte da teologia cristã.
William Barrett, explica diferenças fundamentais entre a mente Hebraica e Helenística: Fazer x Saber. Diz Barrett, “A distinção … é decorrente da diferença entre o fazer e o saber, a Hebraica está preocupada com a prática do comportamento correto que é de suma relevância, em contraste, a Helenística se preocupa com o conhecimento, o saber tem relevância sobre o fazer. Sendo assim a Hebraica exalta as virtudes morais como uma substância superior para uma vida significativa, e a Helenística exalta as virtudes intelectuais, o contraste é entre a prática e a teoria, entre o homem moral e o homem teórico-intelectual.
Isso talvez ajude a explicar o por que para muitas igrejas cristãs seu foco está nas questões ortodoxas doutrinaria, o número de denominações cristãs que existe é uma prova concreta disso. Todas crêem nos mesmos princípios básicos, mas divergem e se separam ao ponto de não terem comunhão pelas mínimas diferenças doutrinarias, mostrando que a “doutrina correta” e mais importante do que comunhão com um irmão de uma persuasão diferente da sua.
No judaísmo bíblico, é justamente o oposto. Como Dennis Prager escreveu:
“… a
crença em D-us e o agir eticamente deve ser indissociáveis, indispensável… D-us
exige um comportamento correto mais do que qualquer outra coisa, incluindo
liturgia a crença correta.”
Foram cristãos gentios influenciados pela filosofia grega que intelectualizaram e sistematizaram a doutrina cristã. O pior de tudo e que eles mudaram essa doutrina de forma radical. Os hebreus dos dias de Yeshua e logo a seguir a era apostólica da Igreja Judaica não tinham teologia formal ou sistematizada. A “igreja primitiva” não tinha hierarquia arraigada ou magistério por meio do qual toda a doutrina tinha de ser filtrada e aprovada.
O que os apóstolos ensinavam sobre um determinado assunto era aprendido diretamente de Yeshua que por sua vez tinha retirado da Torah ou Lei de Moisés, como também aprendido com as tradições orais e experiências coletivas do povo judeu. Eles determinavam Halacha (como andar) diretamente das interpretações dos mestres em suas comunidades. A medida que as circunstâncias mudavam eles recorriam a interpretação da Torah (Pentateuco) e determinavam a ação a ser tomada (Halacha) (cf. Mateus 18:18). Atos 15 fornece um relato de como, no mínimo, um ensinamento sobre requisitos para crentes gentios foi formado por volta de 50 e.c. Observe a natureza participativa da discussão, todos os membros da Congregação Nazarena participaram (Atos 15:4,12,22), e não apenas uma elite estava envolvida nas decisões.
Em círculos cristãos tradicionais muitas vezes é mais importante acreditar e abraçar “a coisa certa ou doutrina correta”, do que viver da maneira certa. Alguns são obcecados com credos, declarações doutrinais, teologia sistemática e ortodoxia contra a heresia, esse modo de pensar é 100% helenístico.
Para muitos de nós, ocidentais, a mentalidade hebraica é tão estranha e impossível de compreender que ao estudar as escrituras hebraicas rapidamente pulamos de volta para a zona de conforto do molde helenístico. Naturalmente ao tentarmos interpretar o texto hebraico com nossa ótica ocidental (helenística) de interpretação consequentemente será no mínimo distorcida. Note que a maior parte do Tanach ou velho testamento foi escrito em hebraico e há fortes indícios de que os evangelhos foram originalmente escritos em hebraico/aramaico e depois traduzidos para grego, de qualquer forma todos os livros do novo testamento foram escritos por judeus, portanto foram escritos por pessoas que pensavam de forma hebraica apesar de terem usado outra língua (grego).
Por exemplo, em termos de tempos “proféticos” aqui novamente mostra-se o conceito helenístico de tempo – Inicio-meio-fim – pontos numa trajetória linear. Queremos saber a ordem sequencial quando D-us vai agir, criamos um cronograma pré-ordenado dos acontecimentos e queremos eliminar os eventos do nosso “calendário profético” a medida que eles vão acontecendo. Essa mentalidade é alienígena para a mente hebraica, para ela, não interessa a seqüência exata dos acontecimentos, o que interessa é que D-us vai agir, a leitura do tempo é cíclica e não linear.
Na teologia ocidental, às vezes abandona-se a interpretação literal das Escrituras em favor de interpretações alegóricas. Isso também é tipicamente grego-romano. Interpretação alegórica abre portas para uma infinidade de exposições “criativas” que deixam o estudante das Escrituras confuso e desorientado.
Mente Hebraica x Mente Grego/Romana Parte 2
Principais
diferenças entre mente Grego-Romana e Hebraica.
Obs:.
Legendas: GR= Mente Grego/Romana; H= Mente Hebraica
GR – A vida é analisada em categorias precisas.
H – Toda a vida se mistura em todos aspectos.
GR – Uma divisão clara entre o natural e o
supernatural
H – O supernatural afeta toda a vida.
GR – Lógica linear.
H – Lógica em bloco e ciclica.
GR – Individualismo
H – Importância em ser parte do grupo
GR – Igualdade das pessoas
H -Valor vem de um lugar em hierarquias
GR – A concorrência é boa
H – A competição é mal (melhor cooperação)
GR – Universo é centrado no homem
H – Universo é centrado em D-us-tribo-família
GR - Valor da pessoa com base em
dinheiro-bens materiais-poder
H – Valor derivado das relações familiares
GR – Vida biológica é sagrada
H – A vida social extremamente importante
GR – Aleatoriedade + causa & efeito determinam
o que acontece na vida
H – D-us causa tudo em seu universo
GR – Homem domina natureza através da compreensão e
aplicação das leis da ciência
H – D-us domina tudo, portanto, relacionamento com
Ele determina o resultado dos acontecimentos.
GR – Poder é obtido por meio dos negócios, da
política e influências.
H – Poder social é resultado de padrões
pré-ordenados por D-us.
GR – Tudo o que existe é o material
H – O universo está repleto de seres espirituais
poderosos
GR – O Tempo é linear e dividido em segmentos
precisos. Cada evento é um novo acontecimento.
H – O Tempo é cíclico. Eventos similares
constantemente reaparecem, (O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez,
isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Ecl 1:9)
GR – A História grava fatos objetivos e
cronológicos.
H – A história é uma tentativa de preservar
verdades significativas de forma significativa e memorável, não necessariamente
fatos são objetivos.
GR – Orientação para o futuro próximo.
H – Orientação para as lições da história.
GR – A mudança é progresso = bom.
H – A mudança é ruim = destruição das tradições.
GR – Universo evoluiu pelo acaso.
H – Universo criado por D-us.
GR – Universo é dominado e controlado pela ciência
e tecnologia
H – D-us deu ao homem domínio sobre sua criação,
mas haverá Prestação de contas a D-us.
GR – Bens materiais = medida de realização pessoal.
H – Bens materiais = bênção de D-us para ser
compartilhado com outros.
GR – A fé é cega
H – A fé é baseada no conhecimento – experiência
pessoal e em grupo
GR – Tempo como pontos em uma linha reta,
inicio-meio-fim (“neste momento no tempo …”)
H – Tempo determinado pelo conteúdo (“No dia em que
o Senhor fez …”)
Mente Hebraica x Mente Grego/Romana Parte 3
Ao
abordarmos as Escrituras Hebraicas com nossa mente Grego-Romana que é altamente
científica sem a devida consideração podemos produzir distorções
exegéticas grotescas. Ao tentar entender a cultura hebraica dos dias bíblicos
assim como aqueles que viviam nesse tempo vamos experimentar um choque cultural
devido a diferença cultural e visão do mundo, seus padrões de pensamento eram
bastante distinta do nosso, seus valores e percepções eram radicalmente
diferente. A Bíblia foi escrita em uma era pré-científica. A língua hebraica em
si é bastante diferente do nosso em muitos aspectos infelizmente muito foi
perdido na tradução.
Quando
estudamos as Escrituras, ou quando consideramos a natureza do início do Novo
Testamento na comunidade nazarena, temos de levar em conta as diferenças
entre o pensamento hebraico e helenístico. Intelectualmente, nós somos gregos,
não hebreus. Nós aplicamos raciocínio baseado nas teorias de Aristóteles e
Sócrates em quase tudo que analisamos, mesmo não tenho consciência, devido ao
método de ensino que fomos submetidos toda a nossa vida através da cultura em
que vivemos. É extremamente difícil se desvincular desses padrões e
entrar na mente hebraica. Temos uma certa insistência em analisar tudo em
padrões logicamente consistentes, em sistematizá-los, em organizá-los,
teologias cuidadosamente fundamentadas. Não conseguimos conviver
com inconsistência ou contradição confortavelmente. A Divindade tem que
ser bem definida e estruturada rejeitamos a idéia hebraica de que D-us é
simplesmente inefável, e que o Seu livro não se encaixa em nossa
sistematização. Como Abraham Heschel escreveu:
“Ao tentar sistematizar a
Bíblia, que é cheia de vida, drama e tensão, a uma série de princípios seria
como tentar reduzir uma pessoa viva a um diagrama” – Livro – D-us em Busca do
Homem por Abraham Heschel, p. 20.
A mente ocidental, quando procura compreender as Escrituras ou o que significa
ser um “cristão”, cria seus próprios dilemas exegéticos e teológicos. (“Se D-us
é todo-poderoso, poderia ele criar uma pedra tão pesada que não conseguiria
levantar?” Ou “Se D-us é amor, então por que ele permite que o mal aconteça
…?”) Incansavelmente tentamos organizar tudo em blocos gerenciáveis e
estruturas intelectuais, queremos que todas as perguntas sejam respondidas,
todos os problemas sejam resolvidos, e todas as contradições resolvidas.
Em nossa
busca incessante de transformar as Escrituras em um livro sistematizado de
respostas teológicas sobre D-us, acabamos distorcendo seu
conteúdo. Procuramos entender o incompreensível, D-us; tentamos
transformar o abstrato em concreto. Mas, “Para a mente judaica, o entendimento
de D-us não é alcançado referindo-se dentro do modo grego de qualidades
intemporais de um ser supremo, ou idéias de bondade e perfeição mas sim
experimentando Seu cuidado no nosso dia-a-dia, Sua atenção aos pormenores de
nossa vida de forma dinâmica. Não ha muita importância em falar de sua bondade
mas a ênfase é posta em Sua compaixão para com o homem
individualmente.”(Heschel, p. 21). Em outras palavras, D-us não é “conhecido”
no abstrato, mas em situações específicas em que Ele afirma-se como D-us sobre
a vida de cada um. D-us é o que Ele se revelou, não o que teorizamos a Seu
respeito. Vemos Sua interação com o povo de Israel por milhares de anos baseado
em experiências tangíveis na vida de indivíduos.
Se quisermos entender a Bíblia, e o que significa ser um seguidor de Yeshua
haMashiach, então teremos que entende-la Hebraicamente, não Helenisticamente.
Isso vai exigir uma mudança de paradigma filosófico e intelectual de nossa
parte, isso vai significar abordar as escrituras a partir de um ângulo
totalmente diferente.
Heschel
também escreve: “Os gregos aprendiam a fim de compreender. Os hebreus aprendiam
a fim de reverenciar. O homem moderno aprende a fim de usar” (ibid., p. 34).
Mente Hebraica x Mente Grego/Romana Parte 4
CONCLUSÃO:
Queremos
uma religião de utilidade. Queremos técnicas que podem ser aplicadas conforme
cada situação que experimentamos. Nós vemos muito “técnica orientadas” na
igreja hoje em dia, como: 3 passos para crescer espiritualmente, 10 mais de ter
um bom relacionamento, etc…
Queremos
técnicas para a compreensão, sistematização e estruturação do “calendário
profético” para que possamos saber “o que vai acontecer a seguir”. Algumas
pessoas querem saber para que elas possam ter algo para comercializar a outros
cristãos que também querem saber. Estes são os que procuram ganhar com a
“piedade” ou religião (cf. I Timóteo 6:5). Buscamos “técnicas cristãs” de
cura interior, cura exterior, prosperidade financeira, ou para receber
poder espiritual. Esta maneira de pensar é alheia a mente hebraica.
Em nossa
cultura, temos comercializado tudo, incluindo o cristianismo. Infelizmente não
pregamos o Evangelho, curamos os enfermos, expulsamos os demônios e fazemos
discípulos – muitos aplicam boa partes dos seus esforços vendendo parafernália
“cristã” folhetos e bugigangas. Fazemos música, não para adorar a Deus, mas para
vender CDs. Evangelistas são escolhidos para pregar porque “sabem atrair
multidões”, o poder ministerial foi comercializado e politizado, tanto quanto a
de políticos regulares. Editoras cristãs publicar livros de celebridades
cristãos – não porque eles são bem escritos, ou porque dizem algo importante,
mas porque eles vão vender e fazer dinheiro.
Nos dias
em que o movimento de Yeshua era conhecido como a “seita dos nazarenos” (Atos
24:5,14), ser um nazareno(Notzeri em hebraico) estava relacionado diretamente
com sua proximidade com D-us e com o próximo (Mateus 22:36-38; João 13:34-35).
Nos séculos posteriores entretanto demos menos importância aos relacionamentos
e ao mesmo tempo intelectualizamos e politizamos a fé. Essas influências
deletérias mudaram radicalmente a natureza da Igreja. O espírito anti-judaísmo
e mais tarde o anti-semitismo destruiu a personalidade original da igreja em
muitos aspectos. Isso explica por que é tão difícil para muitos entender a
Bíblia como um todo, velho e novo Testamento em harmonia.
Surpreendentemente
no meio cristão sabe-se muito pouco sobre os 4 primeiros séculos da historia da
igreja, que era predominantemente composta de Judeus que continuavam a guardar
o sábado e ir as sinagogas, celebrar as Festas bíblicas e eventos relacionados
à cultura judaica assim como Yeshua o
fez toda a sua vida. Nos seminários dá-se muita ênfase a historia da igreja
depois do quarto século, período em que boa parte da sua essência fora
corrompida por vários fatores históricos e culturais, um deles em destaque foi
a “cristianização” do império romano por Constantino em 321 por intermédio do
Édito de Constantino que determinou oficialmente o domingo como dia de “santo”,
dia do deus sol (padroeiro de Constantino) venerado por povos pagãos desde o
Egito antigo.
Para
realmente entender o que significa ser um seguidor de Yeshua, deve-se voltar às
raízes hebraicas de seu movimento, e dos documentos que agora se referem como
“O Novo Testamento” que na verdade eram conhecidos no período dos apóstolos
como Ketuvim Notzerim(escritos nazarenos).
Shalom
Alecha!
Autor:
Brian Knowles
Tradução:
A S A
Por Rosh Notzeri: Yosef Ben Avraham
Assinar:
Postagens (Atom)